Os Credit Default Swaps (CDS) trata de um instrumento financeiro de derivativo usado ​​para proteger ou especular sobre o risco de crédito associado a títulos ou empréstimos. Assim, desempenhando um papel importante durante períodos de maiores incertezas e amplamente utilizado no mercado financeiro.

Como funcionam os Credit Default Swaps (CDS)

Basicamente, existem duas partes principais em um CDS, o comprador de proteção e o vendedor de proteção (geralmente chamado de “provedor”). Enquanto o primeiro busca um seguro contra o risco de inadimplência, o vendedor aceita esse risco em troca de pagamentos periódicos (geralmente alguma instituição financeira).

O ativo de referência em um CDS é o título ou empréstimo no qual o risco de crédito está sendo avaliado. Ou seja, um título corporativo, uma emissão de títulos soberanos ou outros tipos de dívidas.

Seguindo esse fluxo, o comprador de proteção paga ao vendedor de proteção um prêmio regular, geralmente mensal ou trimestral. Na prática, o processo é semelhante ao pagamento de um seguro, calculado com base no valor nominal do ativo de referência.

Portanto, se o ativo de referência sofre um evento de inadimplência, como um calote no pagamento de juros ou principal, o vendedor de proteção é obrigado a compensar o comprador de proteção pelo valor acordado no contrato CDS. A liquidação ocorre quando o evento de inadimplência é comprovado. Assim, recebendo a diferença entre o valor nominal do ativo de referência e seu valor de mercado no momento do evento de inadimplência.

Vantagens e desvantagens

Entre as vantagens podemos citar justamente a proteção (hedging) contra o risco de inadimplência, funcionando como um tipo de seguro. Além disso, permite acessar títulos de crédito ou emissores que podem ser difíceis de acessar diretamente, como títulos corporativos estrangeiros.

Por outro lado, a desvantagem é que sempre haverá o risco de contraparte. Bem como, a especulação excessiva sobre um evento de crédito que podem agravar ao ponto de ter que lidar com fortes crises financeiras.

Portanto, embora os CDS desempenhem um papel importante na gestão de riscos financeiros, cabe ressaltar que são instrumentos complexos. Sendo utilizado por investidores e instituições financeiras que entendem sobre o assunto. Além disso, regulamentações mais específicas foram inovadoras após a crise financeira de 2008 para melhorar a transparência e a supervisão dos mercados de CDS.

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