A Advocacia-Geral da União (AGU) vai acionar o Banco Central (BC) para apurar a cotação errada do dólar exibida pelo Google na última quarta-feira (25), que gerou grande repercussão, ao mostrar a moeda americana a R$ 6,38, um valor significativamente superior ao fechamento oficial de R$ 6,15 registrado na segunda-feira (23).
A discrepância chamou atenção, especialmente por ocorrer durante o feriado de Natal, quando os mercados estavam fechados e não havia negociações em curso.
Em resposta, o Google informou que os dados exibidos na busca vêm de provedores globais terceirizados, como a Morningstar, e retirou temporariamente as cotações da plataforma.
Diante do episódio, o presidente interino do BC, Gabriel Galípolo, colocou equipes de plantão para atender à solicitação e garantir transparência no processo.
Novo episódio?
Sobretudo, essa não é a primeira vez que o Google enfrenta problemas relacionados à exibição de cotações.
Em novembro, durante o período eleitoral nos Estados Unidos, a plataforma exibiu valores divergentes, mostrando o dólar acima de R$ 6 quando a cotação oficial ainda não havia alcançado essa marca. Na época, a empresa reconheceu o erro e prometeu ajustes para evitar novas falhas.
Além disso, o episódio ocorre em um momento delicado para o mercado financeiro brasileiro. Fake news envolvendo Gabriel Galípolo, futuro presidente do BC, já haviam levado a AGU a solicitar investigações sobre declarações falsas atribuídas ao economista.