A Cosan (CSAN3) tomou uma decisão significativa para enfrentar os desafios relacionados ao seu endividamento, que se tornou uma preocupação crescente em um ambiente de juros elevados. Recentemente, a companhia anunciou uma oferta de recompra de títulos de dívida no exterior, com uma proposta que pode chegar até US$ 900 milhões — aproximadamente R$ 5,31 bilhões, segundo dados de câmbio atuais.
Conforme informado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Cosan Luxemburgo está buscando adquirir títulos seniores com vencimentos entre 2029 e 2031, o que demonstra um esforço direto para reduzir a carga de dívida da empresa. As notas a serem recompradas incluem séries com juros variando de 5,5% a 7,5% e um valor de face que totaliza aproximadamente US$ 1 bilhão. Além disso, a empresa também planeja um resgate antecipado de um total de US$ 392 milhões em dívidas vincendas em 2027, o que evidencia um movimento agressivo para melhorar sua posição financeira.
Desempenho Financeiro e Expectativas
Essas ações seguem uma recente venda de participação de 4,05% da Vale (VALE3) pelo valor de R$ 9 bilhões, uma medida considerada crucial para a redução do endividamento que, até o último trimestre, alcançou R$ 21,7 bilhões. A perda gerada por essa transação foi considerada alta, cerca de 35%, de acordo com o Goldman Sachs, mas ainda assim é vista como essencial para aliviar a pressão financeira sobre a Cosan.
De acordo com analistas, apesar de reduzir o custo anual com juros em cerca de R$ 1,3 bilhões, a venda da participação na Vale também resultou na perda de dividendos, que estavam estimados em R$ 700 milhões. Essa dinâmica pode eventualmente acarretar uma nova avaliação das ações da empresa, que atualmente enfrentam um desconto significativo em relação ao seu valor de holding, estimado em cerca de 50%, muito acima da média do mercado.
Transformações estratégicas são necessárias para garantir que a Cosan retome um caminho de crescimento. A perspectiva otimista depende não apenas da estabilidade econômica, mas também da recuperação operacional de sua subsidiária Raízen (RAIZ4), que tem enfrentado desafios para retornar à lucratividade.
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