Na manhã desta segunda-feira, os contratos negociados com milho em Chicago operam praticamente zerados, a US$ 4,69/julho. Na sexta-feira, encerrou em alta de 13 cents nos principais vencimentos; desde o início do mês os ganhos ultrapassam 4%. Na BMF, a posição maio trabalha em R$ 59,45 (+0,8%) e setembro R$ 65,60 (+0,45%).Se não houve grandes novidades em termos de produção, a grande novidade do relatório de oferta e demanda de maio ficou por conta dos acentuados cortes nos estoques finais dos EUA. A produção da temporada 2024/25 foi avaliada em 377,5 milhões de toneladas, ligeiramente abaixo do esperado; ao mesmo tempo, a última safra segue estimada em 389,7 milhões de toneladas.Os estoques finais dos EUA, porém, perdem muito de sua força. Para 2024/25 são estimados em 53,4 milhões de toneladas, ante uma expectativa de 57,3 milhões de toneladas; para o último ciclo são avaliados em 51,4 milhões de toneladas, ante 55,2 milhões de toneladas de abril. O uso para a produção de etanol dá um saldo de quase 2 milhões de toneladas em relação a abril, para 138,5 milhões de toneladas. As exportações também são majoradas em cerca de 1,3 milhões de toneladas, para 54,6 milhões de toneladas.Os estoques finais globais também sentem o baque. São previstos em 313,1 milhões de toneladas, ante 319,6 milhões de toneladas em abril; para 2024/25 estão avaliados em 312,3 milhões de toneladas, também abaixo do esperado. Na base de menores estoques está a produção em queda; neste ano está prevista em 1.228,1 milhões de toneladas e para a próxima temporada, em 1.219,9 milhões de toneladas.A safra brasileira de milho 2023/24 foi cortada em 2 milhões de toneladas, sendo projetada agora em 122 milhões de toneladas. Consequentemente, as exportações brasileiras caíram na mesma proporção, para 50 milhões de toneladas. Para 2024/25, o USDA projeta a produção brasileira de milho em 127 milhões de toneladas, com exportações de 49 milhões de toneladas.A safra argentina foi reduzida em 3 milhões de toneladas, para 53 milhões de toneladas nesse novo levantamento do USDA; o mercado esperava 52 milhões de toneladas. As exportações do país devem cair em torno de 4 milhões de toneladas, passando de 42 milhões de toneladas para 38 milhões de toneladas.No Oeste do Paraná, indicações de compra na faixa entre R$ 55/56 – dependendo de prazos de pagamento e localização do lote. Nos portos, para a safrinha, as indicações giram na faixa de R$ 60 por saca.Na manhã desta segunda, o câmbio operava em queda, em R$ 5,13. Na sexta-feira, fechou em R$ 5,157.