Tudo indica que Comitê de Política Monetária (Copom), reunido deste terça (30), determine nesta quarta o novo patamar da taxa básica de juros, taxa Selic. Para o mercado e especialistas, é certo que o quinto corte, que começou em agosto, seja de 0,5 pp, passando dos atuais 11,75% para 11,25%.
“Diante dos recentes indicadores econômicos no Brasil, notadamente o IBC-BR de novembro e o IPCA 15 de janeiro, que sinalizam um enfraquecimento da economia. Acreditamos que o ciclo de redução da taxa de juros será mantido”, diz a analista chefe Money Wise Research, Cleide Rodrigues.
Investimentos – O especialista em investimentos e finanças pessoais, Renan Diego, diz que é um bom momento para investir em ativos prefixados em Renda Fixa, e ativos Renda Variável, como Fundos Imobiliários e Ações, porém com cautela e aos poucos.
“Não adianta querer tirar o dinheiro todo da renda fixa agora para ir para a bolsa de valores, faça isso aos poucos, busque mais conhecimento e jamais tire a sua reserva de segurança da renda fixa, independente de quanto esteja a taxa Selic, pois segurança não se negocia.” explica.
Outros impactos da Taxa Selic
Os impactos das decisões desta quarta na economia brasileira, segundo Rodney Ribeiro, economista e assessor de investimentos da WIT Invest:
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Mercado Financeiro: As taxas de juros e políticas monetárias influenciam diretamente os investimentos em ações, títulos e outros ativos financeiros. O mercado de crédito acaba sendo impactado, o que pode trazer oportunidades para financiamentos e empréstimos.
Setor de Câmbio: Variações na taxa de câmbio afetam a importação e exportação, influenciando diretamente empresas que dependem do comércio exterior. A perspectiva é de muita volatilidade, o que traz para o mercado financeiro, oportunidades de operar swing trade. Já no mercado corporativo, é o momento de realizar operações de proteção aos contratos para justamente não tomar surpresas desgastantes. Importante trazer o entendimento de que a moeda americana é muito forte e nos últimos 30 anos demonstrou mais força do que o real. Isso aponta que ter investimentos em USD é uma excelente forma de proteção da carteira e uma ótima diversificação.
Expectativas de Investidores e Consumidores: Políticas fiscais têm trazido o principal alerta no contexto de longo prazo para os investidores, e as ações monetárias podem alterar a confiança dos investidores e o poder de compra dos consumidores, impactando o consumo e os investimentos privados.
Indústria, Comércio e Serviços: Apesar da perspectiva de queda das taxas de juros no Brasil, o mundo ainda está em recessão, o que afeta as projeções de crescimento, inflação e desemprego. Lembrando ainda que a mudança do contexto político americano poderá afetar o desempenho do setor industrial, por conta das restrições impostas por uma política protecionista americana, e o “efeito dominó” trará impacto no varejo e no serviço.
Setor Imobiliário: As taxas de juros influenciam o financiamento imobiliário, afetando a construção civil e o mercado de imóveis. E para este ano pode ser uma oportunidade investir nesse segmento, principalmente em patrimônio físico.
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