O time de analistas do Itaú BBA elevou as estimativas e preço-alvo da Copel (CPLE6) para R$ 13,30 por ação ao fim deste ano, com base no aumento na curva de preços de energia desde a última atualização e na inclusão do benefício fiscal de Juros sobre Capital Próprio (JCP). Segundo os analistas, a empresa negocia com um valuation muito atraente, com taxa implícita de retorno (TIR) de 12,2%, “com riscos de execução relativamente baixos, forte crescimento orgânico no negócio de distribuição e alguns potenciais catalizadores de curto prazo, como o próximo leilão de reserva de capacidade”, comentam.
Outro ponto a favor é que a Copel não está exposta ao processo de renovação de concessão das concessões de distribuição de energia. “Ressaltamos ainda que a ação caiu 5,6% no acumulado do ano, apresentando um desempenho inferior ao do setor, o que, em nossa opinião, parece exagerado dado o risco relativamente menor. Reiteramos nossa recomendação de compra.”
Destaques da Copel (CPLE6), conforme o Itaú
- Possui um volume considerável de energia não contratada a ser vendida nos próximos anos. Porém, o impacto para cada redução de R$ 10/MWh no preço de energia de longo prazo é inferior ao de outras geradoras mais contratadas devido à participação em outros segmentos (2,3% para Copel vs. 2,7% para Engie e 4,2% para para Auren);
- A empresa pode pagar mais de R$ 1 bilhão/ano de JCP no médio e longo prazo, gerando um valor presente líquido (VPL) de R$ 5,6 bilhões (R$ 1,9/ação para CPLE6);
- A Copel guiou o mercado para uma redução de custos de 15% a 25%, após a privatização.
Ativa diz que empresa se superou
De acordo com o relatório da Ativa, as receitas da Copel superaram a projeção de seus analistas em função dos maiores volumes e tarifas médias. “Apesar dos custos também terem sido superiores ao que estimávamos, a obtenção de uma PMSO (ex-PDV) inferior ao que projetávamos permitiu que a companhia reportasse um Ebitda superior frente ao que esperávamos neste 1T24.”
Além disso, conforme os analistas, com um melhor resultado financeiro YoY, seu lucro líquido também foi superior em relação ao que eles projetaram. Temos uma impressão positiva dos sólidos números deste 1T24. Junto aos resultados, Copel anunciou que pretende desinvestir de 13 pequenos ativos da Copel GeT. Acreditamos que a direção do movimento seja correta, mas não esperamos grandes impactos para o papel oriundos deste movimento”, ressaltam.
Sobre distribuição, a Ativa destaca que a Copel atingiu maiores volumes distribuídos, tarifas médias e menores perdas não-técnicas. “Acreditamos que os resultados já dialogam com o fato de Copel ter se tornado uma empresa de capital disperso e que os desdobramentos positivos deste processo ainda não se encontram totalmente valorados em seus múltiplos. Assim, a recomendação de compra seguirá mantida.”
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