Foto/Tatiana Cymbalista
Energia solar, desenvolvimento da região e inclusão da população local poderiam transformar a vida das populações locais
As dificuldades na região Norte do país e os desafios enfrentados pelas populações da floresta em relação à energia são alguns dos temas abordados pela COP28, nesta semana. Segundo Tatiana Cymbalista, especialista no tema e sócia da Manesco, Ramires, Perez, Azevedo Marques Sociedade de Advogados, que acompanha de érto a COP28, o debate aponta para novas soluções na região. As PCHs (pequenas centrais hidrelétricas), deixaram de ser opção única ou melhor solução, por dependerem do fluxo de água em uma região por vezes estressada pela ausência da água ou pela desregulação dos ciclos naturais da água.
“A energia solar tem sido frequentemente indicada como alternativa mais razoável, pois não depende de rasgar a floresta com linhas de transmissão e pode ser feita em uma escala mais local (pois não depende dessas linhas). Existem projetos neste sentido que precisam ganhar tração, pois hoje ainda há dependência dos combustíveis fósseis e das hidrelétricas”, comentou Cymbalista ao Portal Acionista.
PERDA – Como observou Tasso Azevedo, em debate, toda a região já teve perda muito relevante de água. Ao todo, a Amazônia perdeu 9% de sua superfície de água nos últimos 35 anos. “Pensar em usar a água para produzir energia, nesse contexto, representa uma complexidade a mais que precisa ser equacionada quando se procura a universalização do acesso à energia. O cobertor é curto: não adianta cobrir um lado e descobrir o outro”