A empresa informou que assinou contrato de venda da totalidade de sua participação na Extrafarma para a Empreendimentos Pague Menos S/A. O valor da venda é de R$ 700 milhões, incluindo a dívida.
A Ultrapar vai receber em três parcelas, sendo 50% na data do fechamento da transação e 25% em dois anos consecutivos. Como é normal nestas transações, seu efetivo fechamento só ocorre após a aprovação das autoridades de defesa da concorrência.
Acreditamos que está venda é positiva para a Ultrapar, porque a empresa não conseguiu fazer com que a Extrafarma tivesse lucros consistentes e significativos, mesmo após sete anos de gestão. Além de reduzir o endividamento, os recursos desta venda poderão ser usados na aquisição de uma refinaria da Petrobras, negócio que a Ultrapar já indicou que pretende comprar.
A Extrafarma foi adquirida em 2013 por R$ 1.006 milhões mais a assunção de R$ 106 milhões em dívidas. O pagamento foi realizado com a emissão de 12.021.100 ações da Ultrapar, mais bônus de subscrição que poderiam elevar esta quantidade até a 16.028.131 ações.
A dívida líquida consolidada da Ultrapar ao final do 1T21 foi de R$ 11,9 bilhões (incluindo arrendamentos de R$ 1,8 bilhão), 12,9% maior que no 1T20 e 4,2% superior ao nível do trimestre anterior. A relação dívida líquida/EBITDA no1T21 ficou em 3,3x, vindo de 3,0x no 4T20 e também 3,3x no mesmo período de 2020.
Nossa recomendação para as ações da Ultrapar é de Compra com Preço Justo de R$ 22,00 (potencial de alta em 9%). Em 2021, UGPA3 caiu 13,1%, enquanto o Ibovespa teve uma valorização de 3,3%. Esta ação estava cotada ontem (R$ 20,16), 18,2% abaixo da máxima alcançada em doze meses e 40,6% acima da mínima deste período.