Passada a confusão no Congresso norte-americano na tarde de ontem, a confirmação de Joe Biden como presidente eleito pela Casa traz algum alívio aos mercados nesta manhã. De todo modo, os ganhos são limitados justamente pelas análises das consequências políticas que o acontecimento de ontem poderia gerar: A oposição ao presidente Trump pediu seu afastamento imediato, enquanto o governo de Washington prorrogou por 15 dias o estado de emergência da capital do país. Por aqui, em dia de agenda fraca, o mercado local deve seguir o noticiário externo.

Na agenda do dia, as encomendas à indústria da Alemanha subiram 2,3% em novembro na comparação com outubro, leitura que superou as expectativas que previam uma contração de 0,2%. Na Zona do Euro, o índice que mede o sentimento econômico de setores corporativos e também dos consumidores subiu a 90,4 pontos em dezembro (de 87,7), também acima dos 89,3 pontos esperados. Em linhas gerais, portanto, os indicadores da manhã desta quinta-feira confirmam que o impacto da segunda onda da Covid-19 na Europa tem sido bem mais limitado que o observado no início do surto da doença.

Por aqui, o IPC da Fipe, que mede a inflação apenas na cidade de São Paulo, desacelerou de 1,03% em novembro a 0,79% em dezembro e, com isso, o indicador encerrou o ano com alta acumulada de 5,62%. Ontem, ainda, o governo editou uma MP com medidas excepcionais relativas à aquisição de vacinas, insumos, bens e serviços de logística destinados à vacinação contra a covid-19.

Há pouco, as principais bolsas europeias operavam em alta, com exceção feita a Londres que cedia 0,35%. Paris subia 0,23%, e Frankfurt 0,43%. Em Nova York os índices futuros também trabalhavam no positivo, com Dow Jones e S&P subindo, respectivamente, 0,34% e 0,25%. Por aqui o Ibovespa futuro abriu o dia em alta de 0,43%, aos 119.620 pontos.

Helena Veronese
Estrategista-chefe da Consulenza, plataforma de investimentos.

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