Depois de uma semana de ganhos, a sexta-feira começa com um ambiente externo um pouco mais cauteloso: indicadores europeus emitindo sinalizações mistas, junto com o constante aumento de números de novos casos da Covid-19 no mundo vêm servindo de justificativa para o movimento – que também é um ajuste frente aos ganhos recentes. Pesa, ainda, o fato de os Estados Unidos terem colocado mais 60 instituições chinesas em uma lista de restrição a exportações, o que traz de volta as preocupações com as relações entre os dois países.
Na agenda do dia, o sentimento do empresariado alemão, medido pelo instituto Ifo, avançou de 90,9 pontos em novembro a 92,1 pontos em dezembro, resultado que superou as expectativas. Por outro lado, os números do varejo britânico apresentaram um resultado pior que o esperado ao cair 3,8% em novembro (as expectativas eram uma queda menor, de 2,9%). No Japão, o Banco do Japão (BoJ, o banco central do país) deixou inalterada sua taxa de juros, mas estendeu por mais seis meses medidas destinadas a ajudar empresas afetadas pela pandemia. Falando em Japão, o laboratório Pfizer entrou com pedido para aprovação da vacina contra a Covid-19 no país.
Por aqui, os destaques do dia ficam por conta de dados do setor externo, além de falas esperadas de Paulo Guedes – que deve voltar a comentar o fim do auxílio emergencial e a possibilidade ou não de rompimento do teto dos gastos (em suas falas recentes, Guedes tem sido um forte defensor do cumprimento do teto dos gastos públicos)
Há pouco, as bolsas europeias apresentavam altas moderadas, com Londres subindo 0,24% e Frankfrut em alta de 0,13%. Nos EUA o comportamento era misto, com S&P futuro cedendo 0,11% e Dow Jones futuro operando praticamente estável, com alta de 0,02%. Por aqui o Ibovespa ainda não havia iniciado os negócios.
Helena Veronese
Estrategista-chefe da Consulenza, plataforma de investimentos.