Após uma segunda-feira de bastante turbulência no mercado local, o dia hoje começa com expectativas pela reunião do conselho de administração da Petrobras, que deve avaliar a nomeação do general Joaquim Silva e Luna como seu novo presidente. Ontem, depois da interferência política na estatal, as ações da empresa caíram 21%, mas hoje os ADRs subiam cerca de 4% em Nova York. Lá fora o dia começa com perdas, com as bolsas ainda reagindo à alta das Treasuries norte-americanas – um indicativo de inflação à frente. Em paralelo, as expectativas ainda ficam em torno da aprovação do novo pacote fiscal de Joe Biden, além da fala de Jerome Powell, presidente do Fed, no Congresso do país.
No campo político, especula-se que o novo auxílio emergencial será de R$ 250 e pago nos meses de março, abril, maio e junho. Segundo a minuta da PEC emergencial, no entanto, o pagamento do benefício deve ser autorizado pelo Congresso sem uma vinculação direta com medidas de corte de despesas (como queria a equipe econômica), e as expectativas são de que os gastos com o pagamento não ultrapassem os R$ 40 bilhões.
Do lado corporativo, o noticiário volta a ser dominado pela temporada de balanços, com a CSN (CSNA3) superando as estativas do mercado em todas as linhas da divulgação, com o resultado alavancado pelo aumento no preço das commodities. A Transmissão Paulista (TRPL4) também divulgou um resultado sólido, com crescimento em todas as linhas em relação ao mesmo período do ano anterior, e anunciou pagamento de proventos no valor de R$ 1,602123 por ação. Hoje, depois do pregão, devem ser divulgados os números do Pão de Açúcar (PCAR3), da Telefônica Brasil (VIVT3) e da Unidas (LCAM3). A Movida (MOVI3), que divulgaria o resultado ontem à noite, adiou a divulgação para hoje, mas ainda antes da abertura.
Há pouco, as principais bolsas europeias operavam em baixa, com Londres caindo 0,38% e Frankfurt em queda de 1,20%. Nos EUA os futuros também iniciaram a manhã com perdas, e há pouco Dow Jones e S&P futuros cediam, respectivamente, 0,04% e 0,46%.
Helena Veronese
Estrategista-chefe da Consulenza, plataforma de investimentos