Dados divulgados pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) para o mês de abril mostram forte redução nos financiamentos imobiliários com recursos da poupança. No mês o valor ficou em R$ 11,4 bilhões, memos 23% em relação a março e queda de 31,6%) comparado a abril/21.

No acumulado de 4 meses o desempenho também foi mais fraco (-12.2%); mas no acumulado de 12 meses o saldo é maior em 26,2%, atingindo R$ 198,1 bilhões. Estes números são o reflexo dos mesmos fatores relacionados diretamente com o comportamento do setor (inflação, juros, desemprego, etc), que pesaram bastante nos anos de crise mais forte. Outro ponto importante é a volta dos saques na poupança, uma consequência do desemprego. Segundo dados recentes a saída líquida de recursos em abril foi da ordem de R$ 7,4 bilhões.

Os números mais fracos do setor puderam ser vistos nos resultados de construtoras listadas na B3; principalmente em empresas com foco na baixa média e baixa renda.

Além de dificuldades na demanda, os custos do setor dispararam, pressionando as margens. Este comportamento pode se repetir neste segundo trimestre.

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