No mês passado o governo anunciou um congelamento no orçamento de R$ 15 bilhões neste ano, buscando sinalizar responsabilidade fiscal. No entanto, economistas rapidamente apontaram que esta medida, embora bem-vinda, pode ser insuficiente. O temor é que, sem ajustes mais robustos, as metas fiscais continuem fora de alcance, forçando uma eventual revisão das mesmas.
Conforme a Tatiana Pinheiro, economista-chefe da Galapagos Capital, ela calcula que o contingenciamento necessário deveria ser de R$ 33 bilhões. Assim, indicando que o governo está R$ 38 bilhões acima de sua estimativa de arrecadação. Jeferson Bittencourt, do ASA, observa que as despesas com o BPC e a previdência ainda não avançaram o suficiente para oferecer segurança.
Congelamento no orçamento precisa ser mais sólido
As receitas permanecem subdimensionadas, e sem revisões nas projeções de arrecadação de medidas como o CARF e concessões ferroviárias, a discussão sobre mudar a meta fiscal pode ressurgir em breve. Segundo Rafaela Vitória, do Inter, destaca que o governo já reconheceu um aumento de R$ 54 bilhões nos gastos obrigatórios, ameaçando ainda mais o cumprimento das metas.
Conforme a XP, esse ajuste gradual deve continuar, mas sem alterar a previsão de um déficit de R$ 54,3 bilhões para 2024. As preocupações se concentram em fatores como a desoneração da folha de pagamento e concessões ferroviárias, que ainda precisam de aprovação no Congresso.
Dessa forma, com a possibilidade de um déficit fiscal de R$ 85 bilhões este ano, muito acima dos R$ 61 bilhões estimados, a credibilidade do governo está em jogo. As perspectivas para 2025 também são sombrias, pois as receitas adicionais deste ano não estarão disponíveis, e a paciência do Congresso para novos impostos está esgotada.
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E os impactos nos investimentos?
Observando o cenário como um todo, nota-se que a resposta aos investimentos é imediata. Ou seja, com Bolsa ainda enfrentando desafios para se valorizar, dólar subindo e um aumento considerável nos pedidos de prêmio na renda fixa.
Dessa forma, considere investimentos que ofereçam proteção contra a inflação. Como por exemplo, títulos indexados ao IPCA ou ativos reais, para garantir que seu portfólio esteja protegido contra surpresas econômicas.
Além disso, dada a instabilidade doméstica, a diversificação internacional pode ser uma estratégia prudente. Portanto, busque ativos fora do Brasil para minimizar riscos associados à economia local e que se beneficiam da alta do dólar.
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