A Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou que o Índice de Confiança Empresarial (ICE) subiu 0,7 ponto em março; para 91,8 pontos, interrompendo a sequência de quedas iniciada em novembro do ano passado. Na métrica de médias móveis trimestrais, o indicador recuou pela sexta vez seguida, desta vez em 0,8 ponto.

‘Uma parcela expressiva da alta da confiança empresarial em março é explicada pela melhora dos números da pandemia de covid-19 no país e seus efeitos sobre as vendas dos setores de Serviços e do Comércio. Em ambos os setores houve melhora da percepção sobre a situação atual dos negócios no mês. A nova queda do Índice de Expectativas Empresarial, no entanto, lança dúvidas sobre a continuidade da recuperação nos próximos meses diante de um cenário de incerteza com relação ao impacto do conflito bélico entre Rússia e Ucrânia na economia mundial e do efeito esperado das altas de juros sobre a demanda interna.’, avalia Aloisio Campelo Jr., Superintendente de Estatísticas do FGV IBRE.

A alta da confiança empresarial foi inteiramente determinada pela melhora das avaliações sobre a situação atual em março; já que as expectativas em relação aos meses seguintes voltaram a piorar. O Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) subiu 4,0 pontos, para 92,1 pontos, maior nível desde dezembro de 2021 (95,8 pontos). O Índice de Expectativas (IE-E) caiu 0,9 ponto, para 92,4 pontos.

O Índice de Confiança Empresarial (ICE) consolida os índices de confiança dos quatro setores cobertos pelas Sondagens Empresariais produzidas pela FGV IBRE: Indústria, Serviços, Comércio e Construção.

Entre os setores que integram o ICE, apenas o de Serviços registrou alta no mês, influenciado pela melhora das perspectivas nos dois horizontes de tempo. A confiança da Indústria recuou pelo oitavo mês seguido e acumula perda superior a 13 pontos. A confiança dos setores do Comércio e da Construção recuaram no mês, motivada pela piora das expectativas.

A confiança empresarial subiu em 29 dos 49 segmentos integrantes do ICE em março, um aumento da disseminação frente aos 24 segmentos do mês passado.

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