A Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou que o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) variou 0,5 ponto em julho, para 79,5 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice subiu 0,3 ponto, para 78,0 pontos.

“Após alta do mês de junho, a confiança dos consumidores acomodou em julho. Aparentemente, o efeito dos estímulos realizados pelo Governo perdem força e não conseguem reverter a percepção ruim da situação financeira das famílias de menor poder aquisito. Apesar disso, nota-se uma melhora das perspectivas para os próximos meses sobre a economia e emprego. Esse movimento, contudo, é exatamente oposto para os consumidores de maior poder aquisitivo. Como sinalizamos anteriormente, a proximidade das eleições pode tornar as expectativas mais voláteis, considerando que não há uma perspectiva de mudança dos fatores econômicos nos próximos meses”, afirma Viviane Seda Bittencourt, Coordenadora das Sondagens.

Em julho, o resultado positivo do ICC foi influenciado pelo aumento das expectativas para os próximos meses. O Índice de Expectativas (IE) subiu 0,7 ponto, para 86,6 pontos, maior valor desde agosto de 2011. O Índice de Situação Atual (ISA) se manteve estável ao variar -0,1 ponto, se mantendo no patamar de 70 pontos, nível baixo em termos históricos e inferior ao período pré-pandemia.

Em relação às avaliações sobre o momento, o indicador que mede a satisfação dos consumidores sobre a situação econômica subiu 1,2 ponto para 77,9, esse é o melhor resultado desde março de 2020 (82,1 pontos). Apesar disso, a percepção sobre a situação financeira famílias voltou a piorar com recuo de 1,4 ponto para 63,3 pontos, ambos continuam em nível baixo em termos históricos.

Entre os quesitos que compõem o ICC, o que mais influenciou o resultado no mês foram as perspectivas sobre a situação financeira nos próximos meses, cujo indicador avançou 3,5 pontos, para 89,3 pontos. O indicador que mede situação econômica nos próximos seis meses avançou 1,5 ponto para 104,7 pontos, maior desde agosto de 2021 (111,8 pontos).

Após dois meses de alta, o indicador que mede o ímpeto para compra de bens duráveis voltou a cair com queda de 2,9 pontos para 67,7 pontos e continua ainda abaixo dos níveis pré-pandemia.
O resultado positivo deve-se a uma melhora da confiança para os consumidores de mais baixa renda enquanto os de maior renda recuaram, que se deve há uma inversão de perspectivas sobre as perspectivas futura.

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