A Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou que o Índice de Confiança de Serviços (ICS) se manteve relativamente estável ao variar 0,4 ponto em junho, para 98,7 pontos, o maior nível desde outubro de 2021 (99,1 pontos). Em médias móveis trimestrais, o índice subiu 2,2 pontos e mantém a tendência de alta.

“A confiança dos empresários do setor serviços encerra o segundo trimestre em alta; mas em ritmo inferior ao observado nos últimos meses e concentrado em alguns segmentos. O resultado positivo de junho foi influenciado pela melhora das expectativas com os próximos meses; enquanto a percepção sobre o momento presente se mantém igual ao mês anterior. Nos dois horizontes há uma aproximação com o nível neutro de 100 pontos, mas ainda é preciso cautela. O ambiente macroeconômico desfavorável e a incerteza em relação aos próximos meses podem segurar o ritmo de recuperação da confiança do setor”, avaliou Rodolpho Tobler, economista do FGV IBRE.

A alta do ICS, neste mês foi concentrada em 5 dos 13 segmentos pesquisados, influenciada pelas perspectivas para os próximos meses. O Índice de Expectativas (IE-S) subiu 0,8 ponto, para 99,3 pontos, maior nível desde novembro de 2021 (100,9 pontos). O Índice de Situação Atual (ISA-S) ficou estável e manteve o mesmo nível do mês passado (98,1 pontos).

Resultado trimestral

Com o resultado positivo de junho, a confiança do setor de serviços em médias trimestrais, voltou a registrar alta na passagem do primeiro para o segundo trimestre de 2022. A alta desse trimestre foi disseminada entre os segmentos e puxada justamente pelos que são mais intensos em serviços presenciais, resultado da redução dos números da pandemia e reabertura dos estabelecimentos. “O desafio para os próximos trimestres é a manutenção do resultado positivo; quando passar esse efeito da reabertura e da liberação extraordinária de recursos, como ocorreu nesse trimestre”, completa Tobler.

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