A Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou que o Índice de Confiança de Serviços (ICS) subiu 0,8 ponto em dezembro, para 86,2 pontos, após dois meses de quedas consecutivas. O índice encerra o ano 10 pontos abaixo ao nível registrado em 2019 (96,2 pontos). Em médias móveis trimestrais, o índice cedeu 0,5 ponto.

‘Após dois meses de queda, a confiança do setor de serviços apresentou ligeira recuperação em dezembro. O resultado foi influenciado pela melhora dos indicadores que medem a situação atual e as expectativas.

Apesar de favorável, é preciso ter cautela, pois consumidores ainda estão bastante receosos diante do aumento do número de casos e da incerteza em relação a chegada da vacina no Brasil. O cenário para os próximos meses é de continuidade da retomada, mas ainda existe um grande caminho até retornar ao nível pré-pandemia’, avaliou Rodolpho Tobler, economista da FGV IBRE.

Houve alta do ICS em 6 dos 13 segmentos pesquisados e nos dois horizontes temporais. O Índice de Situação Atual (ISA-S) subiu 0,9 ponto, para 80,7 pontos, mantendo recuperação gradual iniciada em maio. O Índice de Expectativas (IE-S), variou 0,7 ponto, para 92,0 pontos, após duas quedas consecutivas. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) do setor de serviços cedeu 0,6 ponto percentual para 82,5%, contudo fecha 2020 em nível acima do registrado em dezembro de 2019 (81,9%).

Setor de serviços não se recupera totalmente das perdas sofridas no segundo trimestre

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Houve ligeiro aumento da confiança no setor e nos principais segmentos no quarto trimestre em relação ao terceiro. A média do Índice de Confiança de Serviços no quarto trimestre cresceu 2,4 pontos em relação ao terceiro trimestre, recuperando 84,2% do que foi perdido no segundo trimestre. Entre os principais segmentos analisados, os serviços de Transportes foram os que conseguiram melhor recompor as perdas sofridas no período, 92,6% do ICS. Em contrapartida, os serviços prestados às famílias, que registraram a segunda maior alta nesse trimestre (5,2 pontos), recuperaram 61,1%.

(MR – Agência Enfoque)

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