O Índice de Confiança de Serviços (ICS) subiu 2,2 pontos em julho, para 100,9 pontos, maior nível desde setembro de 2013 (101,5 pontos), segundo dados da Fundação Getulio Vargas (FGV). Em médias móveis trimestrais, o índice avançou pelo quarto mês seguido. Desta vez, a alta foi de 1,6 ponto.

“Depois de dar sinais de desaceleração ao final do primeiro semestre, a confiança do setor de Serviços volta a subir em julho de forma disseminada entre os segmentos. Foi também a primeira vez que o ICS ultrapassou o nível neutro de 100 pontos desde setembro de 2013. O resultado favorável foi influenciado tanto pela percepção de melhora da demanda corrente quanto das expectativas para os próximos meses. O período eleitoral pode aumentar os níveis de incerteza econômica, mas as medidas de estímulo adotadas pelo governo recentemente devem manter a atividade do setor aquecida e resultar em um terceiro trimestre mais positivo do que inicialmente esperado”, avaliou Rodolpho Tobler, economista do FGV IBRE.

A alta do ICS em julho foi influenciada tanto pela melhora na avaliação das empresas sobre a situação corrente quanto pelas perspectivas para os próximos meses. O Índice de Situação Atual (ISA-S) subiu 2,7 pontos, para 100,8 pontos, maior nível desde novembro de 2012 (102,0 pontos). O Índice de Expectativas (IE-S) subiu 1,6 ponto, para 100,9 pontos, maior nível desde outubro de 2021 (103,6 pontos).
Índice de Expectativas e de Situação Atual

Os resultados positivos dos últimos meses confirmam o bom momento do setor de Serviços, puxados principalmente pela melhora da situação atual, mas também das expectativas. Na métrica de médias móveis trimestrais, o IE-S vem se mantendo acima do ISA-S desde o início da pandemia, em junho de 2020, uma diferença que chegou aos 18,3 pontos no bimestre setembro-outubro de 2020. No resultado de julho, essa diferença caiu a apenas 0,6 ponto, corroborando a tendência de recuperação da demanda e a melhora da situação geral dos negócios no setor.

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