O Índice de Confiança da Indústria (ICI) subiu 2,3 pontos em maio, para 99,7 pontos, o maior nível desde dezembro de 2021 (100,1 pontos), segundo dados da Fundação Getulio Vargas (FGV). Na métrica de médias móveis trimestrais o índice avançou 1,0 ponto após oito quedas consecutivas.

‘Após recuar 13 pontos entre julho de 2021 e março de 2022; o ICI sobe pelo segundo mês seguido e se aproxima do nível neutro de 100 pontos. Houve aumento da satisfação em relação à situação corrente dos negócios, com avalições bastante favoráveis quanto ao nível atual da demanda externa. O Índice de Expectativas cresceu de forma disseminada entre os setores, mas a magnitude da alta foi influenciada ela recuperação expressiva do otimismo entre os produtores de não duráveis. No extremo oposto, a única categoria de uso a registrar aumento do pessimismo no mês é a de bens duráveis; uma cautela que está diretamente relacionada ao aumento gradual das taxas de juros’, comenta Aloisio Campelo Jr., economista do FGV IBRE.

Em maio, houve alta da confiança em 12 dos 19 segmentos industriais monitorados pela Sondagem. O Índice Situação Atual (ISA) avançou 1,6 ponto, para 100,4 pontos. O Índice de Expectativas (IE) subiu 3,0 pontos para 99,0 pontos. Ambos retornam ao maior nível desde dezembro de 2021.

Entre os quesitos que integram o ISA, o melhor desempenho ocorreu no indicador que mede a percepção dos empresários em relação à situação atual dos negócios, com alta de 5,1 pontos, para 103,7 pontos, maior nível desde outubro de 2021 (106,2 pontos) Após recuar 8,4 pontos em abril, o indicador que mede o nível de nível dos estoques subiu 1,8 ponto, para 97,9 pontos. Quando este indicador está abaixo de 100 pontos, sinaliza que a indústria está operando com estoques excessivos (ou acima do desejável).

Entre indicadores que integram o IE, o que mede a expectativa com a produção nos três meses seguintes foi o que mais influenciou na alta do ICI em maio, ao subir 5,4 pontos, para 100,5 pontos, o maior desde agosto de 2021 (101,2 pontos). A parcela de empresas que preveem aumento da produção nos três meses seguintes subiu 6,2 p.p., alcançando 37,7% dos respondentes; enquanto a parcela das que preveem diminuir a produção manteve-se estável na faixa de 16,7%. O indicador de tendência dos negócios para os seis meses seguintes recuperou 1,8 ponto dos 16,8 pontos perdidos entre julho de 2021 e março de 2022, fechando o mês em 94,6 pontos. O otimismo em relação aos seis meses seguintes segue bem menor que a observada no horizonte mais curto, de três meses.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria aumentou 1,0 ponto percentual em maio, para 80,8%, o maior nível desde outubro de 2021.

Publicidade

Investir sem um preço-alvo é acreditar apenas na sorte