O Banco Central informou nesta quinta-feira, 23, que as concessões de crédito a empresas e famílias aumentaram entre a 11ª e a 14ª semana do ano – período compreendido entre o dia 9 de março e o dia 3 de abril. Em meio à pandemia do novo coronavírus, as instituições financeiras registraram aumento de 61,4% nas concessões de crédito para pessoas jurídicas no período, na comparação com o mesmo intervalo do ano passado. No caso das pessoas físicas, a alta foi de 6,5%. Considerando o crédito total (empresas e famílias), a alta foi de 44,1%.

Os dados levam em conta as operações livres – aquelas que não utilizam recursos da caderneta de poupança ou do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Além disso, não entraram na conta as operações com cartão de crédito e cheque especial, as duas modalidades de crédito, de caráter emergencial, bastante acessadas pelos tomadores em momentos de dificuldades.

Conforme o BC, a exclusão dessas duas modalidades do cálculo busca direcionar o foco para as operações não rotativas. Além disso, as informações do cartão à vista, que são a maior parte das concessões do cartão de crédito, são mensais. Não há informação semanal para essa modalidade.

No início desta semana, o BC já havia publicado dados recentes de concessão em sua página na internet. A divulgação ocorre em meio a críticas, vindas do empresariado brasileiro e mesmo do Congresso Nacional, de que os recursos disponibilizados pelo BC para os bancos não estão chegando na ponta final de crédito – ou seja, às empresas e às famílias.

Desde o início da crise, o BC já disponibilizou o equivalente a R$ 1,2 trilhão às instituições financeiras. Setores do empresariado, no entanto, reclamam que o dinheiro está “empoçado” nos bancos. Isso ocorreria porque as instituições, em função da crise, estariam mais seletivas na concessão de empréstimos e financiamentos.

Os dados desta quinta do BC indicam que a concessão de crédito, durante o período de crise, está aumentando. No acumulado das 14 primeiras semanas de 2020, em relação ao mesmo período do ano passado, as concessões subiram 34,0% para as empresas e 13,9% para as pessoas físicas. Considerando o crédito total, o avanço é de 27,4%.

Isoladamente, porém, estes números pouco dizem sobre o atendimento da demanda neste período de crise. Questionado pelo Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) por meio de sua assessoria de imprensa, o BC informou que não possui dados a respeito do comportamento da demanda por crédito neste período de crise.

Na prática, não há dados que permitam estimar até que ponto a alta das concessões está, de fato, atendendo à demanda por crédito de empresas e famílias, neste momento de isolamento social e paralisação de diversas atividades econômicas.

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