Homens são aliados importantes para a promoção da equidade de gênero no trabalho, e fundamentais para a criação e manutenção de ambientes acolhedores e seguros para as mulheres.

Com o objetivo de apontar um caminho para que eles se tornem engajados com essa pauta dentro das empresas, o Movimento Mulher 360 traz sete dicas baseadas em artigo publicado, originalmente em inglês, no site Lean In.org. Confira.

1 – Avalie uma mulher por seus resultados e não por determinada característica

Quando um homem é bem-sucedido, seus colegas geralmente gostam mais dele. No entanto, quando se trata de uma mulher bem-sucedida, praticamente todas as pessoas a sua volta gostam menos dela. Isso pode ter um impacto negativo na sua carreira.

Muitas vezes esse preconceito aparece na maneira com que elas são descritas, principalmente nas avaliações de desempenho. Quando uma profissional fala, por exemplo, de forma direta e defende suas ideias, frequentemente é chamada de “agressiva” e “ambiciosa”. Se um homem faz o mesmo, ele é visto como “confiante” e “forte”.

Por isso, quando você ouvir uma mulher sendo chamada de “mandona” ou “implicante”, peça para que especifiquem uma situação e pergunte: “Você teria a mesma reação se um homem fizesse a mesma coisa?” Em muitos casos, a resposta será não.

Lembre-se de que você também pode cair nessas armadilhas preconceituosas, então pense cuidadosamente sobre sua própria reação com relação às colegas de trabalho.

2 – Avalie o desempenho de maneira justa e não focando em gênero

O desempenho masculino é frequentemente superestimado em comparação ao feminino. Essa diferença na percepção ajuda a explicar por que elas são contratadas e promovidas com base no que já realizaram, enquanto para eles o que conta é o potencial.

Para evitar esse tipo de situação, certifique-se de que todas as pessoas em sua equipe estejam cientes do preconceito de gênero no momento da avaliação de desempenho. Seja específico sobre o que constitui um resultado excelente. Vale definir metas com antecedência e garantir que sejam mensuráveis, além de serem compreendidas por todo o grupo. Quanto mais compreensíveis forem seus critérios, melhor. Esteja preparado para explicar suas avaliações – e espere o mesmo dos demais. Quando as pessoas são responsáveis por suas decisões, ficam mais motivadas a pensarem nelas com cuidado.

3 – Dê crédito às mulheres

Os homens normalmente atribuem seu sucesso a qualidades e habilidades inatas, enquanto elas dão crédito ao “trabalho duro”, “sorte” ou “ajuda de outras pessoas”.
Eles também diferem quando se trata de explicar os fracassos. Quando um homem falha, atribui isso a fatores situacionais como “não praticou o suficiente” ou “não estava interessado no assunto”. Já no caso da mulher, é mais provável que ela atribua isso à falta de habilidades/competências.

Além disso, elas são frequentemente subestimadas por outras pessoas. Quando mulheres e homens trabalham coletivamente em tarefas, elas recebem menos crédito pelos resultados bem-sucedidos e são mais culpadas pelo fracasso. Ao receber menos crédito, a confiança feminina acaba ficando mais frágil. Como resultado, acabam se apresentando menos para promoções e trabalhos mais complexos.

O que fazer? Garanta que elas recebam o crédito que merecem e busquem oportunidades para reconhecer as suas contribuições. Ao apresentar uma colega para outras pessoas, enfatize suas realizações. Reconsidere quando elas disserem que “não estão prontas” ou “não estão qualificadas” para um desafio, e incentive para irem atrás do que falta para aceitar essas oportunidades.

4 – Incentive ao máximo a participação delas em reuniões

Incentive as mulheres a se sentarem à frente e no centro das reuniões. Se uma colega for interrompida, interrompa logo na sequência e diga que gostaria de ouvi-la terminar.

Peça abertamente para que elas contribuam com a conversa.

Se notar que a ideia de alguma colega “foi roubada” por alguém do gênero masculino, procure o momento oportuno para agradecer enfaticamente a contribuição dessa mulher ainda durante a reunião.

E lembre-se: quando você defende outras pessoas no trabalho, todas se beneficiam.

5 – Compartilhe o “trabalho caseiro” do escritório

Seguindo estereótipos de gênero profundamente arraigados, as pessoas esperam que as mulheres assumam o trabalho “caseiro” do escritório e, quando elas dizem não, são penalizadas. Os homens, por outro lado, ganham pontos por dizerem sim e enfrentam consequências mínimas por dizerem não.

Preste atenção a quem se oferece como voluntário para diferentes tipos de trabalho, e faça sua parte para ajudar a distribuir igualmente os afazeres de manutenção do escritório ou atividades menos valorizadas, como anotar o que foi dito em uma reunião. Evite cair na armadilha de achar que elas devem assumir essas funções e serem vistas como “mães ou anotadoras” da equipe.

6 – Não presuma que mães não estarão dispostas ou disponíveis para assumir tarefas desafiadoras ou viagens de trabalho

A maternidade desencadeia suposições de que a mulher é menos competente e comprometida com sua carreira. Com isso, muitas lideranças e colegas acabam não delegando oportunidades para elas.

Uma forma de evitar essa situação é não presumir que as mães declinarão tarefas desafiadoras ou viagens de trabalho.

Converse abertamente com essas profissionais. Pergunte. Faça uma escuta ativa, e encontrem, em parceria, uma forma de o trabalho ser realizado.

Sempre que puder, fale sobre maternidade e paternidade no ambiente de trabalho. Essa troca de experiência pode contribuir para eliminar preconceitos.

7 – Contribua para o avanço da carreira de uma mulher

Escolha uma colega, e passe a orientá-la. Contribua para que ela aumente sua rede de contatos, e conheça pessoas influentes dentro e fora da empresa. Inclua essa profissional em reuniões, e sempre que possível, faça uma indicação para eventuais promoções ou projetos.

Esteja sempre alerta para que todas as pessoas dentro da empresa, independentemente de gênero, tenham as mesmas oportunidades de crescimento.

Para ler o artigo na íntegra (em inglês), acesse: https://bit.ly/3yz4Ad8.

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