Entenda por que investir em renda fixa internacional pode ser atrativo para alguns investidores
O rendimento dos investimentos em renda fixa internacional desempenha um papel fundamental nas carteiras atuais, especialmente com taxas muito mais elevadas após a resposta política agressiva dos bancos centrais de todo o mundo. Além disso, trata-se de um mercado muito líquido onde os investidores podem comprar e vender títulos com relativa facilidade.
Portanto, embora todas as decisões de alocação de ativos devam ser orientadas pelos objetivos específicos de risco e retorno do investidor, investir em renda fixa internacional trata-se de uma boa estratégia que pode proporcionar benefícios atrativos.
Por que investir em renda fixa no mercado internacional?
Investir apenas nos mercados nacionais limita o acesso a oportunidades mais amplas porque taxas estratégias de investimento, principalmente em renda fixa, cobrem normalmente apenas as taxas do mercado interno e não possuem exposição cambial, enquanto as estratégias do mercado internacional incluem taxas de juros amplas e exposição cambial.
O investimento em renda fixa internacional concentra-se na proteção do capital em mercados voláteis. Esta estratégia pode proporcionar um fluxo constante de rendimento com menos risco do que outros ativos.
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Portanto, ao fazê-lo nos mercados internacionais, é possível investir seletivamente em mercados emergentes individuais como parte de uma estratégia flexível, com vantagens sobre o investimento por meio de mercados emergentes.
É importante notar que a taxa de juro depende do montante da dívida existente e do vencimento das obrigações subjacentes. Isto significa que as melhores taxas de juro provêm dos países maiores e mais endividados.
Hoje, estes países enfrentam desafios comuns: crescimento econômico lento, deterioração demográfica e rendimentos geralmente baixos ou mesmo negativos ao longo da última década.
Como investir no mercado internacional?
Em primeiro lugar, é importante destacar que os investidores brasileiros podem acessar produtos de renda fixa internacional. Para isso, há diversas opções disponíveis, como, por exemplo, treasury bonds, ETFs e BDRs de ETFs.
Treasury bonds
Um título do Tesouro dos EUA (frequentemente chamado de T-bond) é um título de dívida com juros fixos emitido pelo Departamento do Tesouro dos EUA para arrecadar fundos para financiar as necessidades de gastos do Tio Sam.
Os títulos do Tesouro são considerados investimentos de baixo risco e geralmente isentos de risco quando mantidos até o vencimento, uma vez que são totalmente garantidos pelo governo dos EUA, tornando as chances de inadimplência extremamente baixas.
Vale destacar que existem duas maneiras comuns de comprar T-bond: no TreasuryDirect, o site oficial do Departamento do Tesouro dos EUA ou em uma corretora.
ETFs
ETFs, ou “fundos negociados em bolsa”, são exatamente o que seu nome sugere: fundos negociados em bolsa, muitas vezes acompanhando um índice específico. Ao investir em ETFs, o investidor obtém acesso a um conjunto de ativos que podem ser comprados e vendidos, o que pode reduzir o risco e exposição, ao mesmo tempo que ajuda a diversificar o portfólio.
Os ETFs de renda fixa internacional são criados da mesma forma que outros tipos. Um provedor de fundos (geralmente uma corretora) compra todos os títulos que serão incluídos no ETF. O fornecedor do fundo possui os títulos, mas os investidores podem comprar tais ETFs no mercado de ações.
Ao comprar ações de um ETF de renda fixa, o investidor basicamente se tornará um acionista. Assim, como acionista de uma empresa, receberá dividendos mensais, pagamentos de juros e ganhos de capital, caso algum dos títulos do fundo for vendido com lucro.
Em última análise, se o investidor deseja adquirir esses títulos diretamente, deve procurar uma corretora com presença internacional e explorar as opções disponíveis na instituição. As despesas e outras condições associadas a este serviço variam de acordo com cada instituição financeira.
BDRs de ETFs
Os BDRs de ETF facilitam o acesso a produtos internacionais negociados na B3. Representam títulos individuais ou ETFs que apresentam múltiplos benefícios, incluindo liquidez, eficiência de custos, facilidade de negociação e diversificação.
É importante ressaltar que os BDRs de ETFs, uma vez criados, são comercializados no mercado secundário semelhantemente às ações. Com isso, o investidor que adquire BDR indiretamente passa a fazer parte de um ETF listado e admitido para negociação em outro país, sem a necessidade de conta em corretora estrangeira ou procedimento de investimento internacional.
Contudo, é importante esclarecer que embora os BDRs de ETFs sejam interessantes para a diversificação de carteiras, seu rendimento é denominado em reais, mesmo quando vinculado a títulos de renda fixa estrangeiros.
Em suma, no atual ambiente de rendimentos mais baixos e maior volatilidade, o mercado de renda fixa internacional oferece uma estratégia irrestrita e com alocação dinâmica, auxiliando os investidores a gerir melhor o risco e continuar a otimizar os retornos positivos.
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