O cenário econômico atual é desafiador. Estamos atravessando uma pandemia causada pelo Novo Coronavírus que trouxe desaceleração econômica, desemprego, diminuição de renda da população e muitos outros desafios que ainda estão por vir.
A Selic, taxa básica de juros da economia, já sofreu o quinto corte consecutivo em 2020 e está em 2% ao ano. A Selic direciona o comportamento de boa parte dos investimentos e da rentabilidade atrelada a ela.
E a pergunta que fica é: como investir em momentos de crise como esse que estamos vivendo?
O primeiro comportamento precisa ser o de economizar. Cortando supérfluos, diminuindo os gastos e evitando ao máximo o desperdício. Para que você consiga poupar e aí sim tenha condições de investir.
Como investidor você deve pensar em alguns pontos importantes. De imediato é necessário descobrir qual o seu perfil de investidor: conservador, moderado ou arrojado. Esse perfil será muito importante para direcionar o tipo de investimento mais adequado para você.
Outro ponto importante é montar a sua reserva financeira, muito conhecida como reserva de emergência. Antes de pensar em qualquer tipo de investimento, você precisa ter uma reserva bem estruturada. Essa reserva serve para te manter prevenido contra os imprevistos da vida. Seja a perda do emprego, a redução de renda, uma doença na família ou a geladeira que quebra. Para qualquer contratempo é a reserva quem vai te proteger. E a quantia ideal desta reserva deve ser a soma equivalente a seis vezes o valor da sua renda mensal.
Depois da reserva montada é hora de pensar em diversificar a carteira, escolhendo quais tipos de investimentos farão parte do seu portfólio. A diversificação tem o objetivo de diluir os riscos e maximizar os ganhos.
A sua carteira deve contar com investimentos de curto, médio e longo prazo. Investimentos de curto prazo são aqueles com alta liquidez, ou seja, podem ser resgatados a qualquer momento. E é ideal para aplicar a reserva financeira. Já os investimentos de longo prazo são mais indicados para a formação da aposentadoria sustentável e construção da independência financeira. Sempre buscando por uma melhor performance em termos de resultados.
E por fim mesclar investimentos em renda fixa e em renda variável, sempre levando em consideração o seu perfil de investidor.
É preciso entender que na renda fixa também há oscilação e risco, por isso é importante sempre pesquisar e estudar onde será investido o seu dinheiro. As opções de investimentos em renda fixa estão divididas em títulos públicos, como Tesouro Direto; títulos bancários, como CDB (certificado de depósito bancário), LCI (letra de crédito imobiliário), LCA (letra de crédito do agronegócio); créditos privados, como CRI (certificado de recebíveis imobiliários) e CRA (certificado de recebíveis agrícolas).
Já na renda variável é preciso ter visão de longo prazo e folego para poder esperar pelos retornos. A disciplina e a paciência são virtudes indispensáveis a um bom investidor, sem falar no controle da ansiedade. Controlar o lado emocional é uma das tarefas mais difíceis nesse mercado. Os principais investimentos na renda variável são as ações, as ETFs (fundos de índice), os fundos de ações e os fundos imobiliários.
No mundo dos investimentos o equilíbrio é a chave para o sucesso. Por isso, tenha sempre em mente quais são seus sonhos e objetivos, pois eles irão te ajudar a manter o foco e a disciplina.
Até breve!