Bitcoin e outras moedas estão entre os investimentos mais desejados do mercado no momento, mas investir neles é complicado para a maioria das pessoas – afinal, para comprar as moedas diretamente requer abrir conta em instituições financeiras que não são exatamente conhecidas do grande público, além de possíveis golpes e outros problemas que podem surgir.
Mas há um jeito extremamente simples de resolver esse problema: FUNDOS. Com fundos, devidamente regulados e distribuídos em instituições financeiras, você passa a ter a possibilidade de investir em criptomoedas de maneira fácil e segura. E há um jeito ainda mais fácil, que é através de ETFs, que são os fundos negociáveis em bolsa, ou seja, disponíveis no homebroker.
Existem seis opções de fundos de criptoativos, com leves diferenças: HASH11 (diversificado), QBTC11 (Bitcoin), BITH11 (Bitcoin), QETH11 (Ethereum), ETHE11 (Ethereum) e QDFI11 (DeFI). Este último é um fundo de DeFi (finanças descentralizadas), que tem diferenças em relação ao universo de criptomoedas, mas é provavelmente uma das partes mais promissoras de toda a tecnologia de criptos.
Para comprar qualquer um deles, basta abrir o homebroker, digitar o código de cada um, colocar o preço e apertar “comprar”. Simples e prático. Qualquer corretora vai ter isso, seja ela pequena ou grande, já que eles são negociados na B3, a bolsa de valores brasileira. ETFs são produtos que permitem uma excelente diversificação, e, neste caso, exposição segura ao Bitcoin e outros ativos de criptomoedas, sem medo de que a instituição quebre ou o dinheiro seja roubado.
Os fundos que investem em Bitcoin e criptomoedas
O primeiro desses ativos, o HASH11, foi também o primeiro a ser lançado e segue o índice NCI (Nasdaq Crypto Index), que foi desenvolvido pela Nasdaq para acompanhar o universo de criptomoedas. Atualmente, ele é composto de oito diferentes moedas, sendo que o Bitcoin representa 62% do índice e o Ethereum representa 35% – 97% entre os dois. O restante é dividido entre Litecoin, Chainlink, Uniswap, Bitcoin Cash, Stellar Lumens e Filecoin.
Já o QBTC11 e BITH11 possuem composição 100% de Bitcoin, mas são de emissores diferentes e seguem índices de preços diferentes – QBTC11, da QR Capital, segue o índice de contratos futuros de bitcoin da bolsa de Chicago, a CME, enquanto o BITH11, que é da Hashdex, replica o da Nasdaq. A mesma diferença existe entre QETH11 e ETHE11 – enquanto o primeiro, da QR, segue os preços do Ethereum, a segunda maior criptomoeda, em Chicago, e o segundo, segue em Nova York.
E por fim, o mais novo de todos esses fundos, que é o DEFI11, que ao invés de investir em criptomoedas, investe em finanças descentralizadas – que é um tipo de criptoativo, dado que são contratos construídos na Blockchain. Para isso, ele segue o índice Bloomberg Galaxy DeFi Index, que busca selecionar esse tipo de ativo com maior chance de sucesso: negociado em instituição regulada, três fontes de preços aprovadas no Digital Asset Research e ter atingido os critérios de elegibilidade por três meses.
São oito os componentes do índice: Uniswap, Aave Decentralized Lending Pools, MakerDao, Compound, Yearn.Finance, SushiSwap, 0X, Synthetix e Curve. As finanças descentralizadas disruptam os bancos tradicionais, visto que facilitam o acesso, digital, de serviços financeiros. Ao invés de ter alguém depositar dinheiro em um banco e o banco emprestar esse dinheiro para outra pessoa, através da blockchain e usando tecnologia DeFI, essas pessoas podem celebrar esse contrato diretamente.
O que é um ETF?
Se você chegou até aqui e não sabe o que é um ETF, a resposta é muito simples: é um fundo de investimento, como outro qualquer, que é negociado diretamente na bolsa de valores. Assim, qualquer pessoa, utilizando qualquer instituição financeira, pode ir direto no homebroker, digitar o código do ETF, acertar o preço e comprar.
A maior parte dos ETFs são passivos, replicam índices, ou o valor de um único ativo – foco de investimento daquele fundo. Um fundo que compra Bitcoin e outras criptomoedas, por exemplo, o faz por que aquele índice que ele está seguindo incluiu esses ativos em sua composição. Por conta disso, fundos passivos tendem a ter taxas de administração muito menores do que o restante dos fundos, listados em bolsa ou não.
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Redação 1Bilhão Educação Financeira