O Copom (Comitê de Política Monetária), pela terceira vez seguida, decidiu aumentar a taxa básica de juros (taxa Selic). Mas, com o aumento, o que acontece com os FIIs (fundos imobiliários)?
Em reunião, por unanimidade, o Banco Central elevou a taxa em 0,75%, que passa de 3,50% para 4,25%. Esse é o maior patamar que a Selic atinge desde fevereiro de 2020, quando estava em 4,50% ao ano.
Histórico
Em 2016, o número de FIIs registrados na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) era de 130. Em 2020, esse número passou para 300.
Ainda em maio, foi anunciado um segundo aumento consecutivo na Selic, que subiu 0,75 pontos percentuais, indo de 2,75% para 3,50% ao ano. Entre 2013 e 2015, o cenário era semelhante, visto que por conta da crise econômica poucos fundos não sofreram com a alta da taxa.
Já o principal índice de fundos imobiliários da B3, o Ifix, tem acumulado quedas de 10% e 1,8% em 2020 e 2021 respectivamente.
Pós Pandemia
Existem modelos de fundos imobiliários diferentes, cada um foi afetado de maneira diferente durante a crise do novo coronavírus (Covid-19).
Os condomínios logísticos, também chamados de galpões, cresceram durante esse período, visto que a expansão do e-commerce se deu por causa do aumento das compras online.
Contudo, a recuperação da economia pode representar uma virada para os fundos de tijolos, que administram, por exemplo, escritórios e shoppings, que foram os mais prejudicados na Pandemia. Duramente penalizados pela redução de circulação de pessoas, esses FIIs podem voltar a pagar bons dividendos, seguindo a demanda por espaços físicos.
Além disso, um novo tipo de imóvel cresceu durante a pandemia. Os fundos logísticos, que aumentaram ao longo do último ano, sofrem com a tendência de volta do consumo presencial, que alivia a demanda extra que esses espaços tiveram ao longo da crise.
Como ficam os fundos imobiliários?
Vale ressaltar que a busca por essa modalidade de investimento cresce quando os juros da economia estão baixos. Já quando a taxa se eleva, os investimentos de renda fixa se tornam mais atrativos, enquanto a procura por FIIs desacelera.
Mesmo com as expectativas para o crescimento da economia, o portfólio de fundos imobiliários deve conter ativos estratégicos. Assim, cada modalidade de fundos responde de forma diferente ao aumento da Selic.
Os fundos de tijolos tendem a se desvalorizar quanto à alta de juros. Enquanto os fundos de papel, crescem devido à relação com a renda fixa, visto que o CRI e LCI sobem junto a alta da taxa. Já os fundos híbridos, concentram ambas as estratégias.
Assim, é importante valorizar portfólios bem diversificados. Com títulos de bons devedores, que apresentem garantias reais, mecanismos de proteção e também geridos por instituições renomadas.
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