Movimento Empresa Júnior mostra como unir educação e prática pode transformar vidas e fortalecer pequenos negócios 

Recentemente, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou uma redução significativa no número de jovens entre 15 e 29 anos que não estudam nem trabalham, os chamados “nem-nem”. Em 2023, esse contingente caiu para 10,3 milhões, o menor índice desde 2012. No entanto, o desafio persiste: mulheres negras ou pardas representam 45,2% desse grupo, a maior proporção já registrada. Essa realidade evidencia a urgência de iniciativas que conectem educação, mercado e empreendedorismo como ferramentas para gerar oportunidades e reduzir desigualdades. 

A inclusão produtiva surge como um caminho transformador. Trata-se de um conjunto de ações que integram pessoas em vulnerabilidade econômica ao mercado, seja por meio do trabalho formal ou do empreendedorismo. Mais do que oferecer renda, o objetivo é proporcionar autonomia e criar condições para que superem barreiras sociais e econômicas. 

Lideradas por estudantes universitários, as empresas juniores têm um papel importante nesse processo. Esses empresários oferecem consultorias acessíveis a pequenos negócios e conectam conhecimento acadêmico a soluções práticas. Durante a pandemia, o projeto Salve um Negócio, liderado pela Brasil Júnior (confederação que coordena o Movimento Empresa Júnior), apoiou mais de 300 empreendedores em 21 estados, o que permitiu que superassem dificuldades financeiras e se reerguessem em um momento crítico. 

Essa vivência prática transforma tanto os empreendedores quanto os jovens que participam das empresas juniores. A última Pesquisa de Mensuração de Impacto, conduzida pela Brasil Júnior, mostrou que estudantes que integram o movimento têm quatro vezes mais chances de ingressar rapidamente no mercado de trabalho. Além disso, desenvolvem competências como liderança, trabalho em equipe e resolução de problemas — habilidades fundamentais para o mercado atual. 

Os pequenos negócios, frequentemente os mais afetados por crises, também se beneficiam diretamente dessas iniciativas. Eles representam uma parcela significativa da economia brasileira, mas enfrentam desafios como falta de acesso a crédito e serviços especializados. Ao atenderem a essas demandas, as empresas juniores não apenas fortalecem esses empreendimentos, mas também promovem desenvolvimento local e inclusão produtiva em larga escala. 

Os dados do IBGE mostram que a transformação não acontece sozinha: ela depende de iniciativas que conectem as pessoas a oportunidades reais. Projetos como os realizados pelas empresas juniores mostram que, ao apoiar pequenos negócios e formar jovens líderes, podemos criar mudanças que impactam vidas, comunidades e o país. A inclusão produtiva é uma forma de construir pontes, onde cada solução entregue e cada carreira transformada nos aproximam de um Brasil mais empreendedor e repleto de possibilidades 

*Elias Gabriel é Presidente Executivo do Brasil Júnior – Confederação Brasileira de Empresas Juniores.  

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