Toda decisão exige primeiramente coragem, demanda de algum princípio, quebra de paradigmas, que com o tempo, via experiência, tendem a mudar. Geralmente no início de qualquer ciclo gostamos de ter razão, atribuímos coisas aos nossos gostos, o que nos é comum, normalmente mais confortável e, talvez, haja sempre uma resposta para tudo… ou, quem sabe, uma desculpa.
Na medida que o tempo passa, possivelmente a certeza já não é predominante e sim a segurança em nós mesmos. Passamos a gostar de temas mais profundos, de acompanhar o sistema e de seguir o fluxo adquirido pela maturidade.
Qual será o jeito certo de analisar uma ação?
No início, jovens neste mundo novo, cheios de razão, costumam adorar a matemática. Os números atrelados à um Excel, na capacidade de calcular um fluxo de caixa e passados que comprovam perenidade.
Já com o tempo, se deixa de adorar tantos números e se busca por bons textos e conversas esclarecedoras.
A maturidade e excelência investidora vem de entender que todo processo inicial demanda, primeiramente, pelo conforto e desejo de controle, contudo não há dinheiro ou lucro no meio do comodismo.
Ou, seja, conforme-se que além de você, está cheio de gente no mercado que sabe fazer contas e tem acesso às plataformas que simplificam os balanços e os indicadores. Se números matemáticos universais fossem a solução, era só replicar em cada ação e pronto, sucesso garantido.
O visível não deixa de ser importante, sempre é, mas não é só isso. O sucesso vem da profundidade e do quão disposto você está em avançar sua linha de desconforto em prol do enriquecimento.
Hoje estamos vivendo um momento de extrema incerteza, perdeu-se muita referência de fundamentos e preços. Acreditar em uma única e exclusiva visão é incoerente, pois são inúmeras dúvidas que só serão respondidas com o tempo.
Deste modo, respeitar diversas opiniões é importante, além de seguir entendendo que antes de ser agressivo quanto aos investimentos é preciso estar sempre com uma boa linha de defesa, ao modo Warren Buffett que trabalha com margens de segurança. De forma mais direta, seria: ter a reserva de emergência controlada, as aplicações de renda fixa ajustadas e algumas alternativas entre dólar e ouro para se defender. Assim, protegido e bem posicionado, você poderá atuar de forma gananciosa enquanto todos estão temerosos.
O bom investidor entende e considera a irracionalidade da sazonalidade para encontrar bons ativos a bons preços. Afinal, apesar do erro de “timing” não deixamos de comprar bebidas dentro das festas, bicicleta e guarda-sol em alta temporada de praia, ventiladores ou ar condicionado no verão, e aquecedores no inverno.
Na teoria é bem simples, compre barato e venda caro. Mas nem sempre é tão simples atrelar o preço baixo à um bom motivo e que este seja um gatilho para levá-lo a outro patamar.
E por isso, reforçamos que com o tempo tudo muda. Buscamos razões às nossas decisões para estar onde todos estão, até entender que não está lá a resposta que procuramos. Afinal você sempre pode adquirir antes, por um preço mais barato, do que seu vizinho que irá comprar no período sazonal de alta nos preços.
Para isso, não são apenas números as soluções de seus aportes. Mas raciocínio que segue rigorosamente um modelo de equilíbrio que protege dos riscos e, simultaneamente, permite ousadia para algumas tentativas de impacto.
No meio de tudo isso, fica a dica: abra sua mente, seja coerente em aceitar cada mudança que o tempo proporciona!
[private role=”visitor-only”]
A principal referência do mercado financeiro
Aqui no Acionista você tem a oportunidade de ler, comparar e decidir.
Trabalhamos em prol do investidor, aproximando em apenas um local diversas opiniões, sugestões e expectativas para o mercado.
Tenha o acesso a todos os conteúdos do portal
[/private]