O republicano Donald Trump tomou posse como o o 47º presidente dos Estados Unidos. Segundo seu discurso, “começa a era de ouro” do país. Reafirmando suas promessas, com fala menos agressiva que na posse em 2017, mas nada simpático em relação aos imigrantes, falou em tirar os Estados Unidos de uma “época de escuridão”, com duras críticas ao governo Biden (vale lembrar que Trump é casado com imigrante; a esposa de seu vice, J.D. Vance, é descendente de imigrante; seu parceiro Elon Musk é imigrante, vindo da África do Sul).
O presidente confirmou que assinará, ainda nesta segunda (20), a ordem executiva que declarará emergência nacional na fronteira dos EUA com o México. Também prometeu expulsar “todos que entrarem de forma ilegal”; mudar o nome do Golfo do México para Golfo da América e declarar cartéis mexicanos como organizações terroristas.
Trump declarou que vai “restaurar a liberdade de imprensa nos Estados Unidos”. Falou que os EUA terão agora “dois gêneros: o feminino e o masculino” e prometeu reintegrar funcionários públicos dispensados por não apresentarem comprovantes de vacinas de Covid.
Sem novidades
Para Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, o discurso de Trump seguiu bem a linha de vários pontos abordados durante a campanha. “Ele mencionou novamente as tarifas, o canal do Panamá, e afirmou que o Golfo do México agora deve ser chamado de Golfo Americano. Comentou também que o canal do Panamá será muito benéfico para a China e que pretende promover mudanças significativas em questões conservadoras e de costumes no governo dos EUA. Até o momento, nenhuma medida nova foi anunciada como grande novidade.”
Conforme Cruz, Trump direcionou, como esperado, a questão da energia para um aumento na exploração de petróleo e gás, destacando que deseja tornar os Estados Unidos ainda mais exportadores nesse setor, algo que já havia sido ampliado em seu primeiro mandato. “A exportação para a Europa, por exemplo, deve crescer bastante, especialmente com o conflito envolvendo a Rússia, algo que já vinha acontecendo durante o governo Biden. Acredito que será necessário esperar mais pelas primeiras ações para ver se algum movimento impacta diretamente o mercado.”
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(Fontes: GloboNews; G1)