A Cogna, maior grupo de educação privada, confirmou na noite de ontem o acordo de compra e venda de ativos com o Eleva Educação, grupo carioca que tem entre seus acionistas o empresário Jorge Paulo Lemann.

A companhia adquiriu o sistema de ensino do Eleva por um total R$ 580 milhões; representando 16,6 vezes o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de 2020 do grupo carioca.

Em contrapartida, a Cogna irá vender à Eleva seus 51 colégios por R$ 964 milhões; o que corresponde a um múltiplo de 16,3 vezes do Ebitda do ano passado. Deste total, R$ 625 milhões serão quitados durante um período de cinco anos; e a diferença de R$ 339 milhões será convertida em debêntures conversíveis em ações da Eleva; caso o grupo carioca venha realizar sua abertura de capital (IPO), prevista para esse primeiro semestre. Sendo assim, o preço por ação irá corresponder ao valor do papel do Eneva na oferta.

Com a consolidação do IPO, a Cogna passará a ser acionista da Eleva, direta ou indiretamente. Mas vale dizer que a Cogna e suas subsidiárias não poderão compor nenhum bloco de controle acionário da Eleva e terão restrições de voto em deliberações sociais e para aumento de sua participação societária no capital social da Eleva, por prazo determinado.

Impacto: Positivo. A Cogna e a Eleva finalmente concluíram o acordo de compra e venda, que garante a troca do sistema de ensino do grupo carioca, pelos 51 colégios da líder do setor, o que deve gerar grandes sinergias a ambas. Ainda, vale dizer que a Eleva pode realizar sua oferta pública inicial de ações ao longo dos próximos meses; o que torna a diferença da transação convertida em debêntures conversível em ações.

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