O Índice de Clima Econômico da América Latina (ICE) recua no segundo trimestre de 2022 em relação ao trimestre anterior e ao mesmo período de 2021, segundo dados da Fundação Getulio Vargas (FGV). A economia da região está melhor do que no auge da pandemia sem vacinas, mas não conseguiu retornar aos níveis de 2019. O impacto da Guerra na Ucrânia foi avaliado em enquete especial. Em síntese, apenas um país considera o impacto da guerra favorável para o crescimento do PIB; quatro países avaliam que influenciará negativamente no PIB e, quatro países a percepção é de que pode ter efeito neutro.

O ICE recuou 11,7 pontos entre o 1º trimestre e o segundo trimestre de 2022. No mesmo período em 2020, o ICE caiu 46,1 pontos, quando a pandemia passou a ser a questão prioritária na agenda de todos os países, mas em seguida iniciou uma trajetória de alta, embora ainda na zona desfavorável do ciclo econômico. No terceiro trimestre de 2021, o índice chegou a atingir o nível neutro de 100 pontos, mas voltou a registrar quedas nos trimestres seguintes; sugerindo que o resultado não é explicado apenas pelos impactos da pandemia.

A queda do ICE no segundo trimestre de 2022 foi influenciada pelo resultado do Indicador de Expectativas (IE); que registra uma diferença de 21,4 pontos em relação ao trimestre anterior. O IE vinha numa trajetória de queda desde o 2º trimestre de 2021 e no 2º trimestre de 2022 passou para a zona desfavorável.

No caso do Indicador da Situação Atual (ISA), a queda foi de 3,5 pontos entre o 1º e o 2º trimestre de 2022. O indicador se mantém na zona desfavorável desde o 2º trimestre de 2012.

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