Agentes do setor citrícola
nacional foram surpreendidos com a recente divulgação do Fundecitrus (Fundo de
Defesa da Citricultura), que apontou uma drástica queda de 24,4% na produção de
laranjas para a safra 2024/25 em comparação com o período anterior. Embora
expectativas de uma colheita menor já fossem especuladas, o resultado revelado
neste mês deixou o mercado em alerta.De acordo com dados do Fundo, o
polo produtor localizado em São Paulo e no Triângulo Mineiro projeta uma
colheita de 232,38 milhões de caixas, marcando o menor índice desde 1988/89. Esse declínio acentuado é
atribuído principalmente às condições climáticas desfavoráveis, incluindo altas
temperaturas e um déficit hídrico significativo, além do aumento da incidência
de HLB (greening) nos pomares.A perspectiva de uma oferta
reduzida de frutas ao longo da temporada 2024/25 levanta preocupações
adicionais. Cálculos realizados pelo Hortifrúti/Cepea indicam que os estoques
de suco de laranja nas processadoras brasileiras podem ser totalmente esgotados
até o fim da safra, em junho de 2025. Isso, mesmo considerando uma possível
diminuição nas exportações ao longo do período e uma redução na participação do
mercado de laranjas de mesa.Especialistas do Cepea alertam
que, caso essa projeção se concretize, o abastecimento global de suco de
laranja poderá enfrentar sérias dificuldades. O Brasil, principal produtor mundial,
não possui concorrentes com capacidade de produção relevante o suficiente para
compensar o déficit esperado na oferta nacional. Com a demanda já superando a
oferta no mercado de laranjas para a indústria, os preços têm operado em
patamares recordes reais desde o início de 2024, conforme revela levantamento
do Cepea.O que é greening

O greening, inicialmente chamado
de “doenças do ramo amarelo” e também conhecida como huanglonbing
(HBL), doença do dragão amarelo, é considerada a doença dos citros de maior
importância no mundo, em função da dificuldade de controle, da rápida
disseminação e por ser altamente destrutiva.

Publicidade

Já pensou que investir sem um preço-alvo é como dirigir sem um destino?