A Cielo (CIEL3) registrou um lucro líquido recorrente de R$ 385,6 milhões no segundo trimestre de 2024, queda de 20,70% na base de comparação anual.

O EBITDA (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 727,0 milhões, recuo de 30,5% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Em relatório, a Genial Investimentos relembrou que, provavelmente, esta foi a última vez que a Cielo reportou seus resultados como uma empresa listada na B3. A oferta pública de ações (OPA) para sua saída foi prevista para estar concluída no dia 16 de agosto.

Para o grupo de analistas liderado por Eduardo Nishio, o conjunto de resultados do segundo trimestre foi fraco.

“Esse baixo desempenho provavelmente foi impactado pelo processo de fechamento de capital da empresa, que exige considerável atenção e recursos da administração. Os resultados foram afetados por volumes fracos, redução na penetração de produtos de crédito, perda de clientes, e um aumento nos custos que superou o crescimento da receita”, comentaram.

Com a iminente oferta pública de ações (OPA) e a pequena diferença de 1,5% entre o preço de oferta (R$ 5,85) e o preço de tela (R$ 5,76), analistas dizem não identificar fatores que possam gerar valor adicional para o papel.

Assim, a Genial Investimentos reiterou sua recomendação para manter as ações de Cielo (CIEL3), com preço-alvo de R$ 5,85.

“Com a incorporação da Cielo pelos controladores Bradesco e Banco do Brasil, esperamos uma integração mais estreita entre a oferta de produtos bancários e de adquirência, o que deve proporcionar maior flexibilidade de preços e agilidade nos serviços. Acreditamos que essa estratégia pode ajudar os volumes da Cielo e beneficiar os negócios de pequenas e médias empresas vinculadas ao Bradesco (BBDC4) e ao Banco do Brasil (BBAS3). No entanto, não acreditamos que o fato de ser listada tenha sido a principal razão do baixo desempenho em relação a concorrência nesses últimos anos”, concluem.

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