Reprodução: Frame EBC

Vinte e três cidades do estado de São Paulo decidiram expandir o público-alvo da vacinação contra a dengue. A medida, autorizada pelo Ministério da Saúde, busca evitar o desperdício de doses do imunizante Qdenga, que estão próximas do vencimento.

A recomendação permite que vacinas com até dois meses para expirar sejam aplicadas em pessoas de 6 a 16 anos ou remanejadas para cidades que ainda não fazem parte do esquema de imunização.

Já as doses que estão a um mês do vencimento podem ser administradas em um público mais amplo, abrangendo pessoas de 4 a 59 anos, 11 meses e 29 dias.

A vacina contra a dengue é aplicada em duas doses, com um intervalo mínimo de três meses entre elas. Segundo a ministra da Saúde, Nísia Trindade, todas as cidades que ampliarem a vacinação terão estoque suficiente para a segunda dose.

Lista de cidades que ampliaram a vacinação

Municípios aplicando doses em pessoas de 4 a 59 anos:

  • Canas
  • Queluz
  • Bananal
  • Roseira
  • Santa Branca
  • Quintana
  • Macatuba
  • Agudos
  • Bariri
  • Mineiros do Tietê
  • Lençóis Paulistas
  • Jaú
  • Capela do Alto

Municípios aplicando doses em pessoas de 6 a 16 anos:

  • Reginópolis
  • Pederneiras
  • Balbinos
  • Presidente Alves
  • Restinga
  • Lupércio
  • Tietê
  • Boituva
  • Ibiúna
  • Votorantim

Na cidade de São Paulo, as doses da vacina Qdenga começam a vencer apenas em novembro deste ano, segundo o secretário municipal de Saúde, Luiz Carlos Zamarco.

A vacinação contra a dengue está em andamento em 392 municípios paulistas e segue os critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde.

A compra e distribuição das vacinas são de responsabilidade do governo federal, enquanto os estados fazem a dispensação para os municípios, que organizam suas estratégias de aplicação.

São Paulo entra em epidemia de dengue

Na última sexta-feira (21), o estado de São Paulo atingiu o patamar epidêmico para a dengue, com uma taxa de incidência de 303 casos por 100 mil habitantes.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde consideram uma epidemia quando esse índice ultrapassa 300 casos por 100 mil habitantes.

O estado já havia decretado situação de emergência na última quarta-feira (19), devido ao aumento expressivo de casos. Desde o início do ano, São Paulo registrou 134.798 casos confirmados e 126 mortes. Outros 87.003 casos e 252 óbitos ainda estão em investigação.

Na capital paulista, a taxa de incidência da dengue é de 52,5 casos por 100 mil habitantes. Até o momento, a cidade confirmou 6.004 infecções e uma morte. Outros 919 casos e 20 óbitos seguem em análise.

Regiões mais afetadas

Dos 17 Departamentos Regionais de Saúde (DRS) do estado, 9 já apresentam taxas epidêmicas, ultrapassando 300 casos por 100 mil habitantes. São eles:

  • São José do Rio Preto – 2.349,30 casos por 100 mil habitantes
  • Araçatuba – 2.254,96
  • São João da Boa Vista – 1.163,07
  • Araraquara – 983,13
  • Ribeirão Preto – 699,61
  • Marília – 557,09
  • Presidente Prudente – 477,43
  • Barretos – 418,37
  • Bauru – 329,81

Nesta quinta-feira (20), o Ministério da Saúde anunciou a liberação de R$ 1,34 milhão para apoiar as ações de combate à dengue em São José do Rio Preto, uma das cidades mais afetadas.

Sorotipos do vírus circulantes em São Paulo

O estado de São Paulo registra a circulação de três dos quatro sorotipos do vírus da dengue, o que aumenta o risco de infecções graves e reinfecções. Confira a distribuição por região:

  • Sorotipos 1, 2 e 3: Araçatuba, Araraquara, Barretos, Bauru, Campinas, Grande São Paulo, Ribeirão Preto, São João da Boa Vista e São José do Rio Preto
  • Sorotipos 1 e 2: Marília, Piracicaba e Presidente Prudente
  • Sorotipo 2: Baixada Santista e Sorocaba
  • Sorotipos 2 e 3: Franca
  • Sorotipo 1: Registro e Taubaté
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