INTERNACIONAL: Bolsas e moedas de emergentes estendem queda
S&P futuro e bolsas europeias caem, estendendo o sentimento negativo que prevaleceu na primeira sessão do mês em Nova York. Ações europeias têm quedas maiores, ajustando-se ao feriado; Papeis de cias. aéreas americanas estão entre os destaques negativos no pré-mercado após Warren Buffett dizer que a Berkshire Hathaway saiu completamente de suas participações nas quatro principais empresas do setor nos EUA. Bolsas globais caem pela 3ª sessão consecutiva, uma série que não é vista em quase dois meses, com a volta da discórdia EUA-China e após as Coreias do Norte e do Sul trocarem tiros em fronteira. Investidores também estão avaliando os esforços dos países que estão começando a diminuir o isolamento em meio ao medo de uma segunda onda da doença. Índice dólar sobe após recuo na semana passada e dólar se aprecia contra maioria das moedas emergentes. Além de reagir ao exterior negativo esta segunda, mercado brasileiro ainda se ajusta ao desempenho dos ativos na sexta-feira, quando o S&P 500 caiu 2,8%; ETF brasileiro EWZ teve baixa de 4,4%. Lyxor recuou 1,9% na sexta-feira e despenca mais 7,9% nesta manhã. Trump prevê até 100.000 mortes nos EUA pelo vírus e volta a atacar a China, enquanto a Itália começa a relaxar bloqueio à circulação de pessoas. Gilead planeja levar o remdesivir para os pacientes em poucos dias após o apoio dos EUA para uso emergencial. Petróleo cai após três altas seguidas; metais recuam em Londres.
ECONOMIA/PODER: Plenário pode votar PEC do orçamento de guerra hoje
• Plenário pode votar PEC do orçamento de guerra hoje e deputados também vão retomar votação da MP que facilita a venda de imóveis da União: Agência Câmara (Bloomberg)
• No sábado, Senado aprovou programa que prestará auxílio financeiro de R$ 125 bilhões a estados e municípios para combate à pandemia, incluindo repasses diretos e suspensão de dívidas: Agência Senado.
• A pressão por aumento de gastos obrigatórios e permanentes avança com a crise da pandemia da Covic-19 e desafia o time do ministro da Economia, Paulo Guedes. (Estadão)
• O Ministério da Economia calcula que as medidas de combate à crise provocada pelo novo coronavírus devem gerar custo de cerca de R$ 350 bilhões neste ano. (Estadão)
• A flexibilização de regras para aumento de salário para servidores de saúde e segurança, na votação do projeto de auxílio a estados e municípios, reduzirá em cerca de R$ 40 bilhões a economia estimada com o congelamento de reajustes. (Estadão)
• Depois que a crise política se impôs sobre a pandemia do coronavírus, provocando duas baixas importantes no governo, Jair Bolsonaro procurou afastar os rumores de que o ministro da Economia, Paulo Guedes, também estaria prestes a deixar o cargo. (Correio)
• A crise provocada pelo coronavírus levará o governo a mudar a configuração das concessões em infraestrutura, disse ao Valor a secretária especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Martha Seillier. (Valor)
• Segundo a secretária do PPI, “quanto mais os operadores forem afetados em seus fluxos de caixa, em sua capacidade de investimento, mais será importante buscar o investidor financeiro, o capital que está em busca de retornos e bons projetos”. (Valor)
EMPRESAS: Totvs anunciou a conclusão da aquisição de 88,8% das ações da Supplier Participações
EMBRAER (EMBR3): Vinte e seis anos depois da privatização, a Embraer deve passar a ter novamente uma relevante participação estatal. Em ação semelhante à do governo americano na crise de 2008 para salvar a General Motors; o BNDES deverá aportar pelo menos US$ 1 bilhão para comprar ações a serem emitidas pela empresa, o que diluirá participações dos atuais sócios. A resistência do Ministério da Economia à operação foi vencida, em grande parte, pela proximidade entre Paulo Guedes, e o vice-presidente do Conselho de Administração da Embraer, Sergio Eraldo Pinto. Eles foram sócios na Bozano Investimentos, hoje Crescera.
GOL (GOLL4): Gol informou que a partir do dia 10 de maio passará a requerer o uso de máscaras por seus passageiros em todos os voos operados pela empresa. “A medida já está válida para a totalidade dos colaboradores da companhia”, disse a aérea, em nota divulgada. No comunicado, a empresa argumenta que o uso de máscaras como forma de evitar a transmissão de doenças; antes restrito a alguns países da Ásia, como o Japão, é um hábito que “certamente” vai se tornar cada vez mais presente em todo o mundo. Segundo a empresa, no momento atual de fase aguda da pandemia, usar máscara passa a ser uma questão de segurança coletiva, mais do que uma decisão individual. A empresa disse ainda que tomou outras medidas para combater a pandemia, como a intensificação da higienização das aeronaves. Luvas, máscaras e álcool em gel têm sido distribuídos aos colaboradores e tripulação.
PÃO DE AÇÚCAR (PCAR3): A Companhia Brasileira de Distribuição (CBD), controladora do Grupo Pão de Açúcar (GPA), informou nesta quinta-feira mudanças na diretoria executiva. Isabela Cadenassi, que estava no grupo desde 2011 e ocupava a diretoria de relações com Investidores desde outubro do ano passado, renunciou ao cargo e sai em licença maternidade. Peter Paul Lorenço Estermann continua como diretor presidente do grupo, posição que ocupa desde abril de 2018. Christophe José Hidalgo, que já era diretor vice-presidente de Finanças, acumula a área de relações com investidores. Anunciado em janeiro, Jorge Faiçal assume o cargo de diretor presidente do multivarejo. A diretoria de negócios atacado fica a cargo de Belmiro Gomes, que já estava à frente de Assaí e Compre Bem.
TOTVS (TOTS3): A Totvs anunciou a conclusão da aquisição de 88,8% das ações da Supplier Participações, administradora de cartões de crédito Supplier. A Totvs afirma que o objetivo é trabalhar a Supplier como uma techfin e ressalta como vantagens competitivas da companhia “pulverização do número de clientes, baixo ticket médio das operações, prazo médio inferior a 60 dias e uso extensivo de seguro de crédito”, mantendo resultados positivos mesmo durante a pandemia da covid-19. No último dia 22, a Totvs havia aprovado uma emissão de debêntures no valor de R$ 200 milhões que; entre outras demandas, auxiliaria na aquisição de R$ 455,2 milhões da companhia, firmada em 28 de outubro do ano passado. Os 11,2% restantes do capital ficam com os fundadores da Supplier, Mauro Wulkan e Eduardo Wagner, que seguem como gestores à frente da operação e acionistas.