A Vale reportou resultados do 2T20. Entre os destaques, estão:

• A cia seguiu reforçando a segurança de suas barragens e reparando os danos com o caso de Brumadinho;

• Os principais marcos na retomada das operações no 2T20 foram:

  • Melhores medidas de segurança para combater a pandemia, reduzindo o contingente de trabalhadores nos sites de produção tanto quanto necessário para permitir o distanciamento seguro, aplicando o protocolo “testar-rastrear-tratar”, testagem em massa de empregados e colocando em quarentena os casos sintomáticos e assintomáticos confirmados;
  • No Sistema Sudeste, a operação de processamento a seco de Timbopeba, retomada em junho, está migrando para processamento a úmido após a autorização temporária da ANM para dispor os rejeitos na cava de
    Timbopeba. Além disso, as usinas de Conceição estão utilizando filtragem e disposição de rejeitos nas cavas de Onça e Periquito, após o ramp-up no 1T20, como uma alternativa de curto prazo para a parada da barragem de Itabiruçu;
  • No Sistema Sul, o Complexo Vargem Grande implementou soluções alternativas para desobstruir
    parte da capacidade logística no site e a produção a úmido foi parcialmente retomada com a filtragem dos rejeitos, utilizando a barragem Maravilhas I e a pilha de estéril de Cianita como solução preliminar para a disposição de rejeitos. No site de Fábrica, as operações ferroviárias do TAS2 foram retomadas, após testes de vibração, permitindo a movimentação de estoques;
  • No Sistema Norte, a Vale obteve, em junho, a licença prévia para a expansão da mina de Serra Leste,
    que representa a primeira etapa no processo de licenciamento. Após a emissão da licença de instalação, a Vale retomará sua operação com capacidade de 6Mtpa;

• Lucro líquido foi de R$ 5,3 bilhões no 2T20, ficando R$ 4,3 bilhões acima do 1T20, devido ao maior EBITDA no 2T20 e principalmente pelo melhor resultado financeiro líquido, dado que no 1T20 essa linha foi fortemente impactada por despesas com derivativos em função da desvalorização do real frente ao dólar. Estes efeitos foram parcialmente compensados por: (a) impairment em ativos de níquel de R$ 1,8 bilhão; após o anúncio em maio de 2020 do acordo de exclusividade para negociar a venda de VNC com a empresa australiana New Century Resources Limited; (b) provisões adicionais de R$ 2,9 bilhões para gastos futuros com a Fundação Renova; seguindo a atualização de seu plano de negócios e necessidade de recursos financeiros para cumprir com seus compromissos;

• No 2T20, o EBITDA ajustado proforma, excluindo R$ 693 milhões de despesas relacionadas a Brumadinho e R$ 469 milhões de doações e iniciativas para combater a pandemia do COVID-19, totalizou R$ 19,3 bilhões, ficando R$ 5,6 bilhões acima do 1T20. Após esses efeitos, o EBITDA ajustado foi de R$ 18,1 bilhões no 2T20;

• A receita líquida totalizou R$ 40,4 bilhões no 2T20, um aumento de R$ 9,2 bilhões em comparação com o 1T20, como resultado; principalmente da desvalorização do real frente ao dólar, dos maiores volumes vendidos e dos preços realizados do minério de ferro;

• Os custos e despesas4 totalizaram R$ 22,7 bilhões no 2T20, um aumento de R$ 4,1 bilhões frente ao 1T20, principalmente devido ao impacto da desvalorização do real frente ao dólar no 2T20 e das despesas com ações para combate a pandemia do COVID-19.

Impacto: Positivo. A cia voltou a pagar dividendos, o que torna o papel ainda mais atrativo. A Vale se manteve reforçando a segurança em suas barragens. Seu lucro líquido foi significativamente superior ao do 1T20, impulsionado pelo maior Ebitda e resultado financeiro líquido no trimestre. Ainda, no 1T20, a cia havia sido impactada negativamente por de despesas com derivativos devido a desvalorização do real frente ao dólar. Seguimos com visão positiva para o papel, e nossa recomendação é de compra, tendo a Vale como a preferida do setor.

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