A distribuição irregular de chuva nas lavouras de grãos, do dia 1º a 20 deste mês, favoreceu bem a operação de semeadura das culturas de inverno, mas para o desenvolvimento da segunda safra a falta de chuvas é desfavorável. É o caso do milho segunda safra, cujo desenvolvimento vem dependendo da disponibilidade hídrica nos principais estados produtores. Isso ocorre, com mais efeito, nas lavouras que foram semeadas fora da janela ideal de plantio.

A análise está no Boletim de Monitoramento Agrícola da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), elaborado com base nas condições observadas nas primeiras três semanas deste mês.

No Sul do país choveu durante praticamente todo o período e o maior acumulado das águas favoreceu o milho segunda safra do Paraná, no processo de floração e enchimento de grãos, e também o avanço na semeadura do trigo e demais cultivos de inverno do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e do próprio Paraná, que são os principais produtores do cereal no Brasil.

Já nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste, as chuvas foram mais concentradas nos estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo e parte leste do Nordeste, melhorando parcialmente as condições hídricas, mas ainda com restrição na maior parte das lavouras de segunda e terceira safra.

No período, houve pouca precipitação na região Centro-Oeste, o que é normal nessa época. Da mesma forma, ocorreu na região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), onde o volume acumulado não ultrapassou 10 mm,  favorecendo a maturação e o início da colheita do algodão e do milho segunda safra. Quanto ao algodão, mesmo com o percentual do volume de precipitação menor, a cultura é mais tolerante à intempérie climática. 

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