O “made in China” nunca foi tão acertado. Se tem um país que teve regras rígidas em relação à pandemia foi esse “tigre asiático” e a sua política Covid Zero, que manteve um longo período de lockdowns. E isso, de certa forma, é compreensível, até porque foi lá que o coronavírus teve o seu salto para a humanidade. Mas em dezembro passado, para a alegria de muita gente, o governo chinês “religou” o país, ou seja, a surpreendente reabertura fez brilhar os olhinhos dos investidores e do mercado, lógico. É sobre isso.
China no radar
No setor imobiliário, a crise é severa. Nesse ciclo, as construtoras não foram salvas por programas do governo como em outras situações de fraqueza e, o início de novas construções já acumula contração de 40% nos últimos 12 meses.
O que deu uma amenizada na crise contribuindo positivamente para o PIB chinês era o setor externo, com a forte recuperação das exportações, com destaque para as exportações para os EUA, que chegaram a encolher 25% ano/ano em novembro.
Mas, a melhora da atividade na China é inequivocamente positiva para a atividade global em 2023. O desafio é ponderar esse efeito frente aos principais motores em curso no próximo ano: o drástico aperto monetário na maioria das economias e a contratada desaceleração da maior economia global, os EUA.