Roberto Cardassi, CEO da plataforma de investimentos em criptomoedas BlueBenx, fundada em 2017, foi detido pela Polícia Judiciária (PJ) de Portugal no final da última semana. O brasileiro é acusado de enganar investidores em cerca de R$ 160 milhões após a empresa travar os saques em 2022.
A BlueBenx se apresentava como uma plataforma de investimentos segura e lucrativa, prometendo retornos de até 66% ao ano para aqueles que bloqueassem seus investimentos por um ano. No entanto, a empresa era na verdade um esquema de pirâmide que faliu em 2022, deixando milhares de investidores sem acesso ao seu dinheiro.
Após a suspensão dos saques, Cardassi fugiu do Brasil alegando ter recebido ameaças de morte. Ele foi preso em Portugal em cumprimento de um mandado internacional emitido pela Justiça brasileira por crimes de lavagem de dinheiro e outras infrações.
Cardassi se apresentou ao Tribunal da Relação de Guimarães, em Portugal, e foi obrigado a se apresentar a cada três semanas em um posto policial local até que o processo de extradição para o Brasil seja concluído.
No Brasil, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) já havia aberto investigações contra a BlueBenx em 2019 por suspeita de oferta irregular de investimentos em criptomoedas. Em janeiro de 2022, a CVM rejeitou um acordo proposto pela empresa para encerrar o processo.