Para o BTG Pactual, a Cemig (CMIG4) apresentou resultados operacionais decentes, positivamente impactados por alguns eventos extraordinários que impulsionaram o resultado final.

Analistas avaliam que os sólidos números de distribuição foram compensados por resultados mais fracos de GeT + trading e Gasmig.

Além disso, os resultados financeiros foram positivamente impactados por uma baixa contábil no valor do imposto PIS/COFINS a ser reembolsado aos consumidores e uma decisão legal favorável que permitiu à empresa deduzir impostos das despesas relacionadas a um programa de alimentação para trabalhadores, que resultou em um ganho financeiro líquido de R$ 118 milhões.

Juntamente com os resultados do 2º trimestre, a Cemig anunciou um dividendo extraordinário de R $1,42 bilhão (DPS de R$ 0,50 por ação) relacionado às reservas de dividendos não distribuídos, que resulta em um rendimento de 4,5% de dividendos.

Quando combinado com os R$ 816 milhões previamente anunciados em juros sobre o capital próprio (JCP), os dividendos do 1º semestre de 2024 totalizam R$ 2,24 bilhões, ou um rendimento de 7,4% de dividendos.

Além disso, a empresa anunciou a conclusão da venda da Aliança Energia, o que deve impactar positivamente o lucro do 3º trimestre com um ganho de R$ 1,10 bilhão.

Assumido um payout de 50% mais o dividendo extraordinário de R$ 1,42 bilhão anunciado, existe um potencial de dividendos de R$ 4,4 bilhões para o ano, ou um DPS de R$ 1,56, o que resultaria em um impressionante rendimento de dividendos de 14% para o ano.

Nesse sentido, o BTG Pactual mantém sua recomendação neutra para os papéis, com preço-alvo de R$ 11,00 por ação.

Publicidade

Investir sem um preço-alvo é acreditar apenas na sorte