A Cemig registrou no 4T20 um lucro líquido de R$ 1,3 bilhão (+136,2% versus o 4T19) explicado pelo crescimento de 5,8% da receita líquida para R$ 6,9 bilhões e melhora do resultado operacional (+23,6% do EBITDA ajustado para R$ 1,2 bilhão).

• Nesta base de comparação a margem EBITDA ajustado cresceu de 14,8% para 17,3%. Destaque para (i) o incremento resultado operacional e financeiro no segmento de geração e transmissão; para (ii) a reversão, no 4T20, da perda acumulada no ano do investimento na Light, com impacto positivo líquido de tributos de R$ 178,4 milhões; e (iii) melhor resultado com Equivalência Patrimonial, principalmente, em função do aumento da equivalência da Taesa;

• Com isso, no acumulando de 2020 a companhia alcançou um lucro líquido de R$ 2,9 bilhões, com queda de 10,3% em relação a 2019, mas com alta da margem EBITDA ajustado de 0,9pp.

Ao preço de R$ 12,43/ação (valor de mercado de R$ 18,9 bilhões) a ação CMIG4 registra queda de 12,9% este ano. O Preço Justo de R$ 15,00/ação traz um potencial de alta de 20,7%.

Destaques

• A receita líquida foi de R$ 6,9 bilhões no 4T20 (+5,8%) e de R$ 25,2 bilhões em 2020 (-1,0%);

• O EBITDA em IFRS alcançou R$ 1,7 bilhão no 4T20 e R$ 5,7 bilhões em 2020. Em base ajustada o EBITDA foi de R$ 1,2 bilhão no 4T20 (margem de 17,3%) e R$ 4,9 bilhões em 2020 (margem de 19,8%); refletindo, principalmente, o resultado operacional do segmento de geração e transmissão;

• Os investimentos somaram R$ 1,9 bilhão em 2020, equivalente a 94% do valor orçado (R$ 2,0 bilhões). Para 2021 estão previstos investimentos de R$ 3,7 bilhões (sendo R$ 2,3 bilhões em distribuição, R$ 276 milhões em transmissão e R$ 238 milhões em geração). O aportes em outras companhias e na holding somam R$ 848 milhões;

• Ao final do 4T20 a dívida líquida consolidada da companhia era de R$ 9,2 bilhões equivalente a 1,6x o EBITDA (IFRS). O caixa somava R$ 5,8 bilhões ao final de dezembro de 2020. Ressalte-se a alienação da participação remanescente na Light em janeiro/2021, com entrada de R$ 1,37 bilhão no caixa.

Avaliação de estruturas de desinvestimento na Taesa (TAEE11)

A Cemig comunicou na sexta-feira (26/03) que está em processo de avaliação de estruturas para o desinvestimento da sua participação no capital social da Taesa (TAEE11), com vistas à otimização da sua alocação de capital.

• O processo se encontra em fase de identificação e avaliação pela Diretoria da Cemig, com o auxílio de assessores especializados, das alternativas disponíveis para a realização do desinvestimento;

• De acordo com o comunicado: “assim que as análises acerca do modelo e da estrutura para o potencial desinvestimento da participação na Taesa forem finalizadas, a matéria será submetida para apreciação do Conselho de Administração da companhia”.

Atualmente a Cemig detém 36,97% do capital ordinário, 1,28% das preferenciais e 21,68% do capital total da Taesa. Ao preço de R$ 11,95 por ação ordinária, correspondente a um Valor de Mercado de R$ 12,4 bilhões, esta posição alcança R$ 2,7 bilhões.

• O segundo maior acionista da Taesa é a ISA Investimentos e Participações do Brasil S.A. (“ISA Brasil”) com 26,03% do capital ordinário e 14,88% do capital total;

• Desse modo, o controle acionário da TAESA é exercido pela Cemig e a ISA Brasil, havendo acordo de acionistas entre os controladores, com participação conjunta de 63,00% no capital votante.

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