Se você está em dúvida entre utilizar o CDB ou Tesouro Direto em sua carteira de investimentos, vale a pena conhecer as principais características de cada um desses ativos.

Embora eles tenham algumas semelhanças, esses títulos de renda fixa guardam diferenças relevantes quanto ao rendimento, à segurança e à liquidez. Continue a leitura e descubra qual dessas modalidades de investimento é a ideal para você.

A seguir, confira como abordaremos esse assunto:
O que é o Tesouro Direto e como funciona?
Quais são as vantagens dos títulos do Tesouro?
E os riscos do Tesouro?
O que é o CDB e como funciona?
Quais são as vantagens do CDB?
E os riscos do CDB?
O que rende mais: CDB ou Tesouro Direto?
Qual possui a maior tributação: CDB ou Tesouro Direto?
Qual é a melhor opção de investimento?
Como investir em CDB ou Tesouro Direto?
Considerações sobre o CDB e o Tesouro Direto

Ao término deste conteúdo, esperamos que você se sinta pronto para escolher os melhores ativos para o seu perfil de investidor, objetivos e horizonte.

CDB ou Tesouro Direto: qual a melhor opção de investimento?

O que é o Tesouro Direto e como funciona?

O Tesouro Direto é um programa desenvolvido pelo Tesouro Nacional junto à bolsa de valores brasileira (B3). Nele são negociados os títulos públicos, utilizados para captar recursos para o Governo Federal.

Criado em 2002, o programa visa garantir que os investidores pessoas físicas tenham acesso direto e facilitado a esses ativos de renda fixa. 

Os títulos do Tesouro Direto se diferenciam quanto às regras de rentabilidade, índice de referência e prazo de vencimento. A seguir, conheça um pouco mais sobre cada um deles:

Tesouro Prefixado

O Tesouro Prefixado é um título cuja rentabilidade é conhecida antes mesmo do investimento acontecer. Isso é possível porque ele oferece uma taxa fixa de retorno. Assim, o investidor já sabe quanto receberá no vencimento.

Em geral, esses títulos são de médio e longo prazo. Alguns pagam cupons de juros semestrais, enquanto outros apenas no vencimento.

Tesouro Selic

O Tesouro Selic é a modalidade pós-fixada, cujo rendimento é atrelado à taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic. Essa taxa é definida pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) em reuniões que acontecem a cada 45 dias. 

Logo, o desempenho do título pode mudar com base nas decisões tomadas nesses encontros. Ainda assim, o Tesouro Selic é o título que menos oscila. Por isso, ele é indicado para objetivos de curto a médio prazo, como a criação de uma reserva de emergência.

Tesouro IPCA

Já o Tesouro IPCA é um título híbrido, ou seja, a sua taxa de rentabilidade é constituída de uma parte prefixada e outra que acompanha o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Por ser um título atrelado à inflação, o Tesouro IPCA é mais indicado para investidores com objetivos de longo prazo. Vale mencionar que eles também podem pagar juros semestrais ou apenas no vencimento.

Tesouro Renda +

O Tesouro Renda+ é um título criado para investidores que buscam garantir uma renda extra mensal para complementar a aposentadoria. Ele oferece vários prazos de vencimento e o seu rendimento é atrelado à inflação, o que garante um ganho real.

Diferentemente de outros títulos do Tesouro, ele possui um prazo de carência de 60 dias. Isso significa que o Tesouro Renda+ não pode ser negociado antes desse prazo.

Tesouro Educa +

O Tesouro Educa+ é o título público ideal para quem deseja planejar os custos educacionais dos filhos, sobrinhos ou até mesmo seus próprios estudos. 

Lançado em agosto de 2023, ele permite que você invista em prazos de 1 a 15 anos e receba o valor aplicado em 60 parcelas mensais ao final da fase de acumulação. 

Assim como o Tesouro Renda+, o rendimento do Tesouro Educa+ é atrelado ao IPCA e ele também possui prazo de carência.

Quais são as vantagens dos títulos do Tesouro?

Uma das vantagens do Tesouro Direto é que ele oferece opções de investimento de curto, médio ou longo prazo. Assim, o investidor pode escolher o que faz mais sentido para a sua estratégia.

Através dos títulos do Tesouro é possível ter um rendimento acima da caderneta de poupança sem precisar renunciar à segurança. 

Esses papéis são garantidos pelo Tesouro Nacional e possuem baixíssimo risco de crédito, afinal o Governo pode emitir papel-moeda, caso necessário. Em outras palavras, eles têm o chamado risco soberano.

Outro benefício desse título de renda fixa é a sua alta liquidez. Como o Tesouro garante a recompra dos títulos, os investidores podem vender seus papéis a qualquer momento. 

Essa regra de liquidez não se aplica ao Tesouro Renda+ e ao Tesouro Educa+. Esses títulos possuem prazo de carência de 60 dias. Isso significa que eles não podem ser negociados antes desse período.

E os riscos do Tesouro?

Em relação aos riscos, o principal deles é a marcação a mercado no caso de resgates antecipados, especialmente os títulos prefixados ou indexados à inflação, como o Tesouro IPCA.

Isso porque a precificação dos títulos negociados antes do vencimento depende da curva de juros e das perspectivas macroeconômicas.

Por exemplo, se a perspectiva for de alta dos juros, os títulos já emitidos se desvalorizam. Agora, se a taxa básica de juros cai, os títulos podem se valorizar. Consequentemente, o preço de venda pode ser menor que o valor aportado, gerando perdas financeiras. 

Portanto, só há garantias quanto ao retorno contratado se esses investimentos forem levados até o vencimento.

O que é o CDB e como funciona?

O certificado de depósito bancário (CDB) é um investimento de renda fixa, emitido por instituições financeiras. Ele possibilita a captação de recursos para os bancos utilizarem em suas operações de crédito.

Em troca, os investidores recebem o pagamento de juros que seguem regras previamente acordadas. Assim como o Tesouro Direto, os CDBs podem ser prefixados, pós-fixados e híbridos.

A principal diferença, nesse caso, é que o CDB pós-fixado costuma ter a rentabilidade atrelada ao Certificado de Depósitos Interbancários (CDI), um indicador financeiro importante da renda fixa que fica pouco abaixo da Selic. 

Os CDBs também contam com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) em caso de falência do banco emissor. Isso faz com que eles sejam considerados aplicações financeiras relativamente seguras.

Quais são as vantagens do CDB?

A versatilidade dos CDBs é uma das suas vantagens. Esses títulos de renda fixa possuem diferentes condições de rendimento e de prazo de resgate, além de alta previsibilidade de retorno.

Eles podem ser utilizados tanto para objetivos de curto prazo, visto que alguns possuem liquidez diária, quanto para projetos de longo prazo.

E os riscos do CDB?

Os CDBs possuem risco de crédito e risco de liquidez. O primeiro decorre da possibilidade do banco emissor não conseguir fazer o pagamento do valor devido conforme as condições acordadas. 

Normalmente, os banco menores estão mais expostos ao risco de crédito, devido às possíveis inadimplências. Por isso, tendem a oferecer rentabilidades maiores.

Lembre-se que esse risco é mitigado graças a proteção do FGC. Essa entidade garante até R$250 mil por CPF e instituição, com limite global de R$1 milhão, renovável a cada 4 anos.

Já o risco de liquidez é maior nos CDBs com carência ou com resgate apenas no vencimento. Para levantar o montante antes do prazo, é preciso recorrer ao mercado secundário e se expor à marcação a mercado, gerando riscos de perdas. 

O que rende mais: CDB ou Tesouro Direto?

Depende! A taxa de rentabilidade varia de título para título. Por este motivo, é preciso avaliar as condições oferecidas por cada um antes de decidir em qual deles investir.

A seguir, confira quanto renderia R$1.000,00 nos diferentes tipos de títulos públicos em relação a um CDB, segundo o simulador do Tesouro Direto.

Como referência, serão utilizados os títulos disponíveis na plataforma do Tesouro em julho de 2024 e dados hipotéticos de CDBs com taxa de 82% do CDI ao ano.

Tesouro Prefixado x CDB

Títulos      Valor bruto de resgate (R$) Rentabilidade bruta (a.a) Custos (R$) Imposto de Renda (R$) Resgate líquido (R$) Rentabilidade líquida (a.a)
Tesouro Prefixado 2031 2.089,29 12,15% 19,04 163,39 1.899,92 10,51%
CDB 1.582,52 7,41% 0,00 87,37 1.495,15 6,46%

Tesouro Selic x CDB

Títulos  Valor bruto de resgate (R$) Rentabilidade bruta (a.a) Custos (R$) Imposto de Renda (R$) Resgate líquido (R$) Rentabilidade líquida (a.a)
Tesouro Selic 2029 1.504,29 9,31% 0,00 75,64 1.428,65 8,09%
CDB 1.392,03 7,48% 0,00 58,80 1.333,23 6,47%

Tesouro IPCA x CDB

Títulos      Valor bruto de resgate (R$) Rentabilidade bruta (a.a) Custos (R$) Imposto de Renda (R$) Resgate líquido (R$) Rentabilidade líquida (a.a)
Tesouro IPCA 2035 2.779,54 9,95% 37,22 266,93 2.454,60 8,69%
CDB 2.143,88 7,33% 0,00 171,58 1.972,30 6,50%

Observe que existe uma diferença entre o rendimento de cada uma dessas aplicações. Portanto, vale a pena fazer simulações com os títulos que despertam o seu interesse para ter uma ideia dos resultados.

Lembre-se que esses números são baseados em projeções do mercado e não representam uma garantia de rentabilidade.

No caso do Tesouro Renda+ e do Tesouro Educa+, a simulação é baseada nos seguintes dados:

  • Idade do investidor; 
  • Quando ele deseja se aposentar ou começar a universidade;
  • Quanto pretende receber de renda extra por mês para aposentadoria ou educação;
  • Se já possui um montante inicial. 

A partir dessas informações, o simulador do Tesouro mostra as opções mais indicadas para o investidor.

Qual possui a maior tributação: CDB ou Tesouro Direto?

A tributação do Tesouro Direto e do CDB é similar. Nos dois, a cobrança do imposto de renda é feita na fonte, conforme a tabela regressiva. Eles também estão sujeitos à cobrança do imposto sobre as operações financeiras (IOF).

Mas, atenção: outros custos podem incidir sobre essas aplicações, como a taxa de custódia. Na Guide, por exemplo, os CDBs estão livres desta taxa. Já nos títulos do Tesouro, ela é cobrada pela B3. Fique atento!

Qual é a melhor opção de investimento?

A escolha das aplicações financeiras deve ser baseada nas particularidades de cada investidor, como perfil de risco, objetivos financeiros e horizonte de investimento.

A avaliação do nível de tolerância ao risco é fundamental para os investidores identificarem com mais precisão os ativos que melhor atendem às suas expectativas e realidade.

Por exemplo, se você for conservador e estiver construindo uma reserva de emergência, o Tesouro Selic é o mais indicado. Ele é considerado o investimento mais seguro do mercado brasileiro. Os CDBs de emissores mais confiáveis e com liquidez diária seriam outra opção.

Agora, se você tem um perfil de investidor moderado ou arrojado e deseja planejar uma aposentadoria complementar, pode contar com os títulos prefixados ou os atrelados ao IPCA. Afinal, esses ativos são ideais para investidores com foco no longo prazo.

Você não precisa escolher entre investir em CDB ou em títulos do Tesouro Direto. Eles podem ser utilizados simultaneamente em uma carteira de investimentos.

Como investir em CDB ou Tesouro Direto?

Para investir em CDB ou Tesouro Direto, abra uma conta em uma instituição financeira, como bancos, corretoras ou plataformas de investimentos, que disponibilize essas modalidades de ativos.

Em seguida, verifique as taxas, as condições oferecidas e a reputação da instituição. Na Guide, além de acessar uma grande variedade de investimentos, você ainda conta com uma equipe qualificada que pode oferecer suporte em sua jornada.
Após abrir a conta, transfira o dinheiro, aplique nos ativos escolhidos e acompanhe os resultados do investimento.

Considerações sobre o CDB e o Tesouro Direto

Se você chegou até aqui, já descobriu que não precisa necessariamente escolher entre o CDB ou o Tesouro Direto. Ambos podem compor a carteira dos investidores. 

Tanto os títulos públicos quanto os CDBs são considerados ativos seguros, que podem contribuir com o retorno e a diversificação dos portfólios. 

Ao decidir investir nesses títulos de renda fixa, siga 3 passos importantes:  

  • Fique atento aos detalhes como prazo mínimo para resgate, liquidez, taxa de rentabilidade, entre outros; 
  • Não ultrapasse o limite do FGC, principalmente de papéis emitidos por bancos menores, cujo risco de crédito é maior;
  • Não deixe de declarar os rendimentos acumulados, afinal o Tesouro Direito e o CDB são tributados na fonte, conforme a tabela regressiva do imposto de renda.

Quer aprender mais sobre o mercado financeiro? Continue nos acompanhando e tenha acesso a conteúdos exclusivos.

Se você ainda não é cliente, abra sua conta na Guide e guie o seu dinheiro na mesma direção dos seus sonhos!

Você também pode se interessar por:

Publicidade

Impulsione seus investimentos com este acesso incrível!

clube