O fast-fashion, ou moda rápida, veio para ficar e modificar o comportamento de consumo das pessoas com suas renovações de coleções a cada semana. Enquanto isso, o meio ambiente sofre as consequências.

São produzidas, a cada ano, entre 80 e 150 bilhões de roupas no mundo, de acordo com o Fios da Moda, relatório produzido pelo Instituto Modefica em parceria com a Faculdade Getúlio Vargas.

O Brasil descarta 4 milhões de toneladas de resíduos têxteis por ano, de acordo com a Abrelpe, Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais. Torna-se urgente a criação de modelos de economia circular na indústria da moda, desde a produção até o fim do ciclo de vida de cada roupa.

A “Desdobra”, startup Brasileira está à frente, criando pontes entre roupas que seriam descartadas e pessoas que procuram se vestir com qualidade de forma acessível. Com todo o cuidado, o processo passa por uma curadoria bem detalhada.

O diferencial é a priorização de tecidos sustentáveis e duradouros – linho, algodão, rami, couro, sarja, entre outros que estejam em bom estado de conservação. Após essa curadoria, as roupas são higienizadas, costuradas, passadas e assim disponibilizadas para o público através do e-commerce e loja física.

Peças de linho e algodão chegam na Desdobra sujas e com manchas, e muitas vezes com a costura danificada. São feitas pré-lavagens e lavagens para a retirada ou redução das manchas e, após esse processo, costuradas para que fiquem em ótimo estado para os consumidores.

Esse modelo consegue reduzir em até 60% o valor pago pelo consumidor, quando comparado a uma compra em lojas de departamento. Sem a produção de novas roupas, variáveis como uso de água, energia, materiais tóxicos e nocivos ao meio ambiente também são reduzidos.

Conheça um pouco mais do seu trabalho pelo Instagram: @desdobrabr