A Casas Bahia (BHIA3) enfrenta um cenário desafiador no mercado de ações, especialmente com a recente decisão do BB Investimentos (BB-BI) de cortar drasticamente o preço-alvo da companhia. Antes previsto em R$ 6,70, o novo alvo é de R$ 3,80, representando uma queda de quase 50% e destacando a situação delicada da varejista, que viu suas ações tombarem 65% nos últimos 12 meses. A empresa deve divulgar seu balanço do quarto trimestre de 2024 apenas em 12 de março, mas as expectativas já não são animadoras.
Um caminho difícil para a Casas Bahia (BHIA3)
Conforme analisado por Andréa Aznar no relatório do BB-BI, a queda das ações é impulsionada pela escalada da taxa Selic, que segue aumentando a pressão sobre empresas de alto endividamento, como a Casas Bahia. O agravamento de sua situação financeira é marcado pela necessidade de recuperação extrajudicial e pelo fechamento de lojas, que impactaram diretamente as receitas.
O banco ressalta o recente Plano de Transformação, anunciando melhorias na rentabilidade e ajustes administrativos. No entanto, o caminho para a recuperação plena ainda é repleto de desafios a serem superados. Além disso, o início das operações do Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDC) pode permitir à empresa captar até R$ 500 milhões para financiar suas vendas a crédito, um movimento crucial em meio a um cenário econômico adverso.
O que esperar da varejista
Embora a analista do BB-BI veja possibilidades de resultados melhores no último trimestre, impulsionados por compras de fim de ano e aumento da concessão de crédito, a inadimplência continua sendo uma preocupação considerável. As tendências para 2025 apontam um crescimento abaixo da inflação, refletindo os desafios contínuos da economia brasileira, como o aumento da Selic e possíveis restrições de crédito que podem afetar o consumo das famílias.
O cenário se mostra complicado, pois, apesar de algumas melhorias operacionais, a vigilância sobre a dívida da companhia permanece essencial. A decisão da BB-BI de manter a recomendação de venda ressalta a necessidade de prudência ao considerar investimentos nas ações da Casas Bahia.
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