Domingo não foi só de futebol, teve notícia para colocar o mercado financeiro em alerta. O grupo Casas Bahia (BHIA3) divulgou Fato Relevante em que anuncia que dará continuidade ao “Plano de Transformação anunciado ao mercado por meio do fato relevante de 10.08.2023”. Em síntese, é um pedido de Recuperação Extrajudicial (RE) “a fim de implementar de maneira segura, efetiva e transparente o bem sucedido reperfilamento de dívidas financeiras quirografárias da ordem de R$ 4,1 bilhões (Créditos Sujeitos)”. Nesta segunda a empresa se reúne com acionistas, investidores e agentes do mercado para esclarecer a decisão. Será o último suspiro?

Segundo apuração do InfoMoney, a notícia pode ter assustado, “mas analistas veem o evento como positivo, dando maior alívio financeiro para a companhia e representando um processo mais simples do que uma recuperação judicial”. No entanto, há analistas que apontam para alguns riscos para os acionistas, inclusive de diluição, “o que pode levar a uma pressão para os ativos”. Talvez não seja o último suspiro.

Os principais pontos do plano são um alongamento da dívida da companhia, que pode ser paga, agora, em um período de até 72 meses (6 anos), e uma renegociação dos juros pagos, que passarão a ser equivalentes ao CDI, mais uma taxa que pode variar de 1% a 1,5% ao ano. Conforme informações do G1, a empresa terá um período de carência de 24 meses para começar a pagar os valores dos juros referentes à dívida, e de 30 meses para início do pagamento do montante principal. Pode dar certo?

Para o especialista em Investimentos do Acionista, Gustavo Guerses, a notícia pode ser vista de duas formas. “O lado ruim é que a empresa está à beira da falência e deixa claro que não consegue pagar as dívidas (mas isso todos já sabem, não é novidade). E tem um lado bom: se for aceito, a empresa reduz as dívidas, diminui alavancagem e ganha um respiro para tentar sobreviver”, comenta.

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