Prof. Rodrigo Antonio Chaves da Silva

Quando Karl Marx criou a visão utópica comunista, tentando concretizar o que se chamava de socialismo utópico, criado por diversos economistas ilusórios, ele cria a internacional comunista com intenções de fazer com que se concretizasse não apenas a sua ideia de dominação ideológica, mas impedisse o crescimento do “império capitalista”, de tal maneira que houvesse pois um outro império: o socialista ou comunista.

Caso não fosse esta a intenção (de domínio global), não por menos ele criaria a internacional comunista para produzir políticos, ou pessoas que estivessem à frente das instituições, mantendo desta maneira o controle completo sob a visão ideológica dele, mesmo se tais pontos de vista estivessem errados.

A visão socialista passaria – segundo o “manifesto comunista” – primeiro pela socialização dos bens de produção com taxação progressiva de impostos, e depois por uma comunização igualitária, onde não houvesse classes, poder, hierarquia, e nem Estado. Tudo se dissolveria no comunismo, de tal sorte que todos seriam iguais, todavia, nem a família existisse mais. No fundo era um tipo de anulação de todo poder existente.

Numa sociedade não há apenas um poder constituído mas vários. O Estado é um deles, a família é outro, as sociedades filosóficas, universitárias, igrejas, empresas, são tipos de potestades temporais, criadas pelo homem, mas autorizadas por Deus. Não há em qualquer dimensão uma destruição de hierarquia, porque ela, como dizia São Tomás, é a estrutura de qualquer governo e qualquer poder.

A promessa de um “mundo igual” não fora analisada em pormenores. A igualdade humana, a justiça social, e a dignidade dos seres humanos é promessa de qualquer poder constituído e das religiões. O problema é que nenhuma temporalidade prega o extremismo da igualdade, destruindo a toda a hierarquia e os poderes constituídos, de tal maneira que não tenhamos um DESMANTELAMENTO DO QUE JÁ ESTÁ PROVADO. Foi o que Pio XII comentava: que mesmo a denúncia socialista tendo algum sentido por causa da igualdade social e da diferença econômica que gerava pobreza, os meios, e os conteúdos que ela utilizava eram malignos e falsos, criando uma coisa pior.

Logo, se eles fossem contra as empresas, criariam um Estado mais controlador e ditador. Se eles fossem contra a religião, criariam um ateísmo de Estado. Se eles fossem contra o monopólio, criariam um monopólio de Estado. Se eles fossem, aparentemente, contra a globalização, criariam pois um globalismo (vicio ideológico) que pudesse controlar as vendas globais sob um aparato ideológico. Se eles fossem contra o império capitalista, mesmo não conseguindo destruir este império, criariam outro mais forte sob o aparato ideológico. Se eles não conseguissem destruir a família, ao menos tentariam dividir a sociedade, mesmo não podendo destruir esta, conseguiriam criar revolta e subversão sob o aparato ideológico. E assim fora feito vagarosamente. Claro que com efeitos nefastos, tais quais hoje conseguimos experimentar.

Por muitos anos a sociedade demorou chegar nesta hierarquia, mesmo assim, na visão comunista, a intenção não é a igualdade social com a hierarquia, e sim, a destruição da hierarquia como se todos fossemos iguais, inclusive, destruir a hierarquia é o mesmo que dizer que não haveria graus no mundo espiritual, ou melhor, os anjos seriam iguais aos homens, os homens iguais aos animais, e todos nós seríamos iguais a Deus. Pois bem, a promessa da igualdade sob quaisquer prismas, é a mesma promessa do demônio no paraíso: “sereis iguais a Deus”, o que ofereceria um perigo não apenas para o homem em seus destinos mais sublimes, todavia, para o homem nesta sociedade. Sobretudo, o desmantelamento de tudo se provou que seria possível com a destruição e a perturbação da sociedade o que é também deveras negativos. E nunca aconteceria de modo pleno, e nunca aconteceu nos moldes marxistas, e nem acontecerá, porque é impossível destruir o ente social em sua hierarquia e em suas características, religiosas, econômicas, e morais.

Mas a promessa capitalista, seria na visão dos aplicadores do socialismo, como se fosse um perigo, então, quiseram estender a internacional comunista formalmente, de tal sorte que ela estivesse em todos os países, criando um outro “reino”: o marxista.

Lenin se esforçou por quase vinte anos para concretizar este tipo de contrapartida, para criar um reino marxista (LENIN, W. I. Uber Die Sozialistiche Demokratie. Moskau: Apn-Verlag, 1919. Veja que nas páginas 64 e seguintes ele fala desse reino especialmente na página 65, ele fala de um reino democrático e incorrupto que seria o marxista); na realidade, tratando a extensão da globalização, e da negociação internacional, como um fator negativo, e acusando esta extensão normal de compra e venda de mercadorias entre os países, como se fosse um crime, um império do mal.

O apóstolo do marxismo então, prefere que haja uma extensão de todo o panorama marxista, e incrivelmente alcança certa prosperidade por causa de três situações:

1 – O investimento largo em propaganda à custa da sociedade soviética. Ele alimentou a pobreza de seu povo, e roubou muitos Estados da União Soviética para o investimento em propaganda que correu não apenas na Europa mas no mundo inteiro. Sendo a biblioteca de moscou e a sua impressa, a maior e a mais eficaz do mundo. 

2 – A implantação de espionagem larga em todo o globo terrestre. Esta alienava e comutava a todos os que lhe eram simpatizantes, fazendo com que houvesse seguidores em todos os ramos sociais: artistas, padres, pastores, professores, empresários, membros do Estado, servidores públicos, políticos, etc. Seu serviço de espionagem também foi o mais eficaz neste sentido.

3 – Consequência dos anteriores, que era uma extensão da globalização com metas próprias socialistas. Seja pelo meio universitário, seja pelo meio religioso (cuja maior eficácia está na “teologia da libertação” aplicada na América do Sul com fins importantes mas drásticos para a vida espiritual), seja pelo meio institucional, seja pelo meio estatal, empresarial, etc., criando um reinado marxista com as mesmas intenções de destruição da família, controle de propriedade, intervenção exagerada, ateísmo, e o capital manipulado com fins ideológicos. Uma “globalização” no sentido geral do termo. Num aspecto ideológico. Isto é, houve uma universalidade e ampliação ampla da doutrina marxista e sua ideologia. Ela se globalizou e impregnou na cultura de maneira proeminente.

Parecia que a visão de Lênin era contra o grande capital. E o era de maneira superficial, isto é, não destruía o grande capital, mas usava o mesmo. Quando na realidade nós vemos a intenção, não interessa o domínio do grande capital, interessa sim é criar um grande capital, ou um verdadeiro império sob o controle marxista-ideológico. É mister que se utilize o grande capital em favor de uma ferramenta de controle. Mesmo se os fins forem bons. Há que se criar um contrário ideológico, mas usando os meios tradicionais. Ou algo aparentemente contrário. Acusando os outros de “império” mas procedendo a um pior. Ou seja, é criar um domínio sob quaisquer meios, tendo por tal uma ideologia de cunho marxista, satanista, ou globalista que domine o mundo.

O que faz prevalecer é o império real de Marx, um domínio das supostas “democracias socialistas” de tal forma ideológica, criando super-capitais ou monopólios de interesses, e até agências sociais de controle, mesmo com objetos bons, mesmo usando empresas, e mesmo usando sociedades de classes. A criação do verdadeiro império socialista é a verdadeira intenção. Não há ética desde quando quem ganhe é o socialismo marxista, ou pessoas com esta visão estatizante ou dominante. Bom, é o que transparece em seus livros (os de Lênin), e é o que na prática acontece.

No fundo ele queria (Lênin) a mando do seu ídolo (Marx), criar um império contra a mais forte tendência natural que é a econômica, destruindo com isso a liberdade plena dos meios de produção, aumentando a pobreza pelo domínio do Estado, e fazendo com que houvesse um outro império que fosse o marxista, ou de poderio marxista.

Parece que não, mas esta visão ideológica está presente em grupos internacionais, seja na própria Nações Unidas (quando quer intervir demais, e quando protege os países em processo de socialismo como se fosse normal –  veja o genocídio na Venezuela e a situação de Cuba), seja em institutos até com objetos universais (como grupos de normas contábeis, grupos de normas médicas, grupo de normas econômicas, institutos de comércio internacional, grupos laboratoriais, etc), entre outros, que atingem um público maior.

Esta visão criou não um capitalismo, todavia, um tipo de concentração marxista do capital, que é o metacapitalismo, ou capitalismo extremo, tipo um monopólio econômico, mas com fins ideológicos. Mario Ferreira dos Santos, no final da década de 50 chamava este fenômeno que já havia de perturbação capitalista. Aquela que permitia uma ganho, e uma renda, sem trabalho, ou um ganho com metas ideológicas, e assim por diante.

Pois bem, nesta crise que tivemos, os republicanos, conservadores e liberais, falavam abertamente da liberdade em se ter a vacina e o não uso da vacina com fins de intervenção, mesmo com objeto bom, enquanto os grandes grupos de produção do imunizante eram pressionados por alas democratas, socialistas, e comunistas para produzirem a substância, mesmo com técnica apurada, mas apressadamente. E foram apoiados tais grupos econômicos pela ala à esquerda, e de certa forma, prudencialmente criticados pelas alas à direita.

Vemos que da parte dos atuais marxistas que estão na política, no fundo não havia uma luta contra o “imperialismo”, mas uma defesa do grande capital, quando a posição era para se estar contra, isto é, evitar que houvesse mais “imperialismo no mundo”, mas como vemos esta defesa é superficial, ele querem no fundo é criar ou apoiar o grande capital, de modo que permita que ele seja uma alavanca para um poderio internacional com fins ideológicos.

Por tal, a luta dos socialistas e marxistas na política, se ampara em três coisas:

  1. Apoio aos grandes grupos laboratoriais e farmacêuticos para produzir uma vacina em tempo recorde (mesmo com a média de produção normal de uma vacina ser de 3 a 5 anos), fora a luta contra o tratamento que realmente salvou os contaminados na ausência da vacina;
  2. Não compromisso com os efeitos do experimento e ainda, com as consequências a médio e longo prazo, de alguma falha que poderia haver no processo, como se fosse permitido algum tipo de expurgo, mesmo com tal disposição de benefício, que cremos não acontecerá com facilidade;
  3. Apoio aos grandes grupos financeiros e corporativos. Ao grande capital.

No final, se concretada estas condições, de quem será a culpa? Haverá os mesmos grupos ideológicos para acusarem os outros, sendo que eles foram os mais responsáveis por estas posições.

Ora, era para haver o contrário: uma luta contra o grande capital, os grandes grupos laboratoriais, para que eles não produzissem a vacina tão velozmente “em favor da vida”, e esperassem mais tempo, em favor da qualidade humana, porque alguma falha que poderia ter no experimento gerariam consequências a médio e longo prazo (como danos ao sistema imunológico, ou mesmo câncer; mesmo com a aprovação de institutos de qualidade, o tempo para a produção foi muito apressado, embora possa ter qualidade na produção, contudo, as denúncias são inúmeras contra a eficácia das vacinas – porque o modus operandi foi apressado).

Em outras palavras: os grupos socialistas estavam a favor do grande capital, enquanto os capitalistas, republicanos, liberais estavam contra por causa das ressalvas que falamos.

Vemos que a intenção é lutar contra um “império” criando um verdadeiro império. Se há um grande capital, a luta é aparente, o que interessa é usar este grande capital, ou criar outro, sob o domínio ideológico que se retrata em alguma ferramenta concreta de dominação ou controle humano.

Acrescentando: não era para os socialistas serem contra? Por que então estavam a favor? Simples: a luta contra o grande capital é superficial, no fundo o que interesse é o controle humano sob o aparato ideológico. Neste caso se usaria o grande capital da mesma maneira.

Não adianta contrariar, os socialistas têm a intenção de criar um império, com contravenções, e obrigações, e nunca alcançarão o comunismo, ficando na prática de controle político e econômico. Ademais, se houvesse contraposição dos homens, e das sociedades, às formas de controle, de domínio, mesmo se passarem pelo capital, tendo uma administração política marxista, faz parte do interesse e do plano comunista global.

Não espantemos se caso os socialistas forem ferozmente a favor da linguagem leninista, de domínio mundial, por conta do imperialismo ianque ou mesmo capitalista, porque é possível usar estes meios pra favorecer o controle marxista. Em outros argumentos, os socialistas foram a favor do grande capital, porque era uma maneira de controle também, mesmo tendo objetos bons, e finalidades boas, o importante é criar a partir daí um tipo de convenção, e depois, com tais regras, outras, até atingir o domínio total, concomitantemente, favorecendo um controle mundial, só que por trás estando os membros da mesma visão ideológica.

Não é à toa que os capitalistas que precisavam da maior liberdade de trabalho foram contra o grande capital, porque havia algum indicio de controle e domínio ideológico, e os socialistas foram a favor, para manter o império de controle, mesmo com um objeto bom que seria a imunização da humanidade, todavia, que pode ser usada como convenção para outras regras de controle, até mesmo o domínio ideológico do planeta, ou  parte dele.

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