O crescimento acelerado do hashrate do Bitcoin (BTC), ou poder de computação da rede, pode finalmente desacelerar, trazendo um momente de calmaria para os mineradores. As ondas de calor extremas do verão estão forçando a redução das operações de algumas empresas, o que pode levar a uma queda na taxa de hash. 

Desde o halving de abril, que reduziu as recompensas de mineração em 50%, os mineradores já vinham enfrentando margens de lucro reduzidas em um setor já saturado. Para se manterem lucrativos após o evento, muitos mineradores se esforçaram para atualizar suas frotas com plataformas mais eficientes.  

Além disso, plataformas de mineração adquiridas anteriormente também entraram em operação, contribuindo para o aumento do hashrate. Em 25 de maio, a taxa de hash atingiu um recorde de 658 exahash por segundo (EH/s), segundo os dados do Índice Hashrate de Luxor. 

No entanto, esse crescimento implacável deve desacelerar nos próximos meses, à medida que o verão se intensifica no hemisfério norte, trazendo ondas de calor. As máquinas de mineração, extremamente potentes, geram excesso de calor como resultado de seus cálculos. 

“O principal desafio operacional para os mineradores de Bitcoin é a mitigação do calor”, afirmam analistas da Blockware Intelligence. “ASICs são computadores grandes e poderosos que podem atingir temperaturas muito altas sem medidas adequadas de resfriamento.” 

Esse fenômeno sazonal já resultou em quedas no hashrate nos últimos dois verões. Uma taxa de hash mais baixa significa uma dificuldade menor para minerar um bloco de Bitcoin.  

“À medida que entramos nos meses de verão nos Estados Unidos, estamos ansiosos para ver se o clima quente forçará os mineradores a reduzir suas operações e, assim, suprimir o crescimento do hashrate como vimos em 2022 e 2023”, afirma Colin Harper, chefe de conteúdo e pesquisa do Luxor Hashrate Index. 

 

Publicidade

Investir sem um preço-alvo é acreditar apenas na sorte