Tanto o cenário externo quanto o interno seguem provocando incertezas no mercado, aliás, há muito tempo isso vem acontecendo e tudo indica que elas ainda podem aumentar. Isso porque o mundo já vive novos conflitos de guerra e por aqui, a questão fiscal preocupa, o que ganhou uma cereja no bolo com a fala do presidente Lula na última sexta (27), quando disse que será impossível déficit zero ano que vem, como projeta o Ministério da Fazenda, que saiu bem mal dessa lambança.
Nesta segunda (30), o Boletim Focus mudou a expectativa de Selic terminal no atual ciclo de flexibilização, de 9,00% para 9,25% ao fim de 2024. Há 11 semanas seguidas, a estimativa permanecia em 9,00%. Amanhã (1), o Copom divulga a taxa Selic que deve ter um corte de 0,50 p.p., segundo especialistas.
“Não devemos esperar no curto prazo um corte superior a 0,50 ponto percentual na taxa Selic, mesmo com o cenário inflacionário doméstico benigno, especialmente, no setor de serviços que tem sido mais resiliente. No mercado doméstico, temos incertezas sobre a política fiscal, enquanto no cenário externo, temos os problemas fiscais dos Estados Unidos e os conflitos no Oriente Médio, que podem levar ao aumento do preço do petróleo”, comenta Adilson Seixas CEO da Loara Crédito.