Confira a análise do BTG sobre o fundo de recebíveis para rendimentos mensais, a sugestão segue carteira recomendada para Dezembro.
BTG Recomenda RBR Rendimento High Grade (RBRR11)
O RBRR11 é um fundo de recebíveis imobiliários que tem o objetivo de investir em títulos e valores mobiliários por diferentes veículos, tais como Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e cotas de outros Fundos Imobiliários.
O diferencial do fundo é o investimento em operações exclusivas de originação própria, o que permite ao fundo customizar taxas, prazos e garantias atrelados à operação.
A tese de investimentos do RBR Rendimento High Grade está baseada nos seguintes fatores: (i) carteira diversificada; (ii) garantias robustas e localizadas em regiões premium; (iii) time de gestão de ponta com experiência no setor imobiliário; e (iv) boa liquidez
O fundo possui uma carteira de crédito pulverizada, com diferentes devedores, emissores, vencimentos e indexadores (35% em CDI, 57% em inflação e 8% pré-fixada).
As operações que compõem a carteira são classificadas pela gestão da seguinte forma: (i) ativos core, que são os papéis exclusivos estruturados pela própria gestora cujo rating da operação seja classificado como, no mínimo, “A-“, mensurado pela própria gestão; (ii) ativos táticos, que são ativos com potencial de ganho de capital no curto prazo; e (iii) ativos de liquidez, que são recursos líquidos e que aguardam
alocação.
Atualmente, grande parte do patrimônio líquido está aplicada na estratégia core (87%), seguida pela estratégia tática (8%) e caixa (5%).
Em termos de remuneração, a carteira do fundo possui uma taxa média de CDI 2,52% ao ano, o que representa um spread de 0,55% em relação a NTN-B 2025.
Visão Macro
Nossa cobertura com 9 carteiras recomendadas disponíveis no ambiente FIIs, relatórios e muitas lives, proporciona a oportunidade de conhecer o que cada especialista vê como ideial para o momento. Aqui, realizamos uma verdadeira cobertura com o resumo do que está em pauta dos principais analistas do mercado, bem como, as indicações do momento.
De forma geral o mercado imobiliário segue pressionado, os investidores em FIIs estão sendo prejudicados pela maior competitividade da renda fixa.
A preocupação com a inflação – um problema global – tem se tornado cada vez mais persistente, dado que ela só vem aumentando mês a mês. Com o objetivo de conter a inflação local, visto que a projeção no início do ano era de 3,75% e agora o IPCA já extrapola os 10%, o COPOM precisou acelerar o ritmo de alta da Selic.
Este aumento agressivo na taxa básica de juros tende a tornar os ativos de renda fixa mais atrativos para os investidores, trazendo um fluxo de capital proveniente da renda variável. No meio disso, o governo anunciou medidas que ultrapassará o teto de gastos podendo ter um impacto negativo na inflação no médio prazo.
A incerteza para o mercado de ativos de risco brasileiro, aliado à subida das taxas de juros está proporcionando o movimento inverso com a retirada de dinheiro da renda variável por alternativas mais seguras e menos voláteis. Diante disso, muitos analistas decidiram aumentar o conservadorismo da carteira, por meio de uma alteração na estratégia.
De modo geral, existem fundamentos positivos para teses de investimento mais agressivas no longo prazo, mas o cenário macroeconômico deve permanecer pressionando os ativos de renda variável no curto-médio prazo. Portanto, existe uma prioridade de preservação de patrimonio em detrimento de seguir buscando alternativas de maiores riscos.
Atualmente, os fundos de papéis estão ganhando espaço nas carteiras dos analistas, pois apresentam condições para manter o pagamento mensal com mais estabilidade dentro de um nível de Yield (juros) competitivo com a renda fixa.
Por outro lado, observamos a sinalização de que há diversos fundos de outras modalidades (tijolos) que estão negociando com P/VP (valor patrimonial) abaixo de sua média, indicando potencial de geração de valor. Dentre as modalidades de tijolos, estão as lajes corporativas e os logísticos como destaque. Já os FIIs de Shoppings apresentam maior sensibilidade ao andamento da pandemia e possíveis medidas restritivas que devem ser acompanhadas ao longo do tempo.
Quer saber onde estão os ativos mais recomendados pelos analistas? Confira por aqui