Confira a análise do BTG sobre o fundo que conta com locatários em diversos setores e excelente liquidez no mercado secundário, a sugestão segue carteira recomendada para Dezembro.
BTG recomenda CSHG Real Estate (HGRE11)
O CSHG Real Estate FII tem como objetivo a aquisição de ativos imobiliários de perfil corporativo prontos ou em construção, localizados nas principais regiões do Brasil (São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Porto Alegre), visando obter renda através da sua exploração comercial ou para posterior alienação.
Com as mudanças recentes sofridas pelo fundo no decorrer dos últimos meses, incluindo a venda de ativos que não vinham performando conforme o esperado, acreditamos que ele possa absorver de maneira positiva a retomada da economia nos próximos anos. Sendo assim, nossa recomendação para o HGRE11 está pautada nos seguintes fundamentos: (i) bons ativos atrelados a contratos de longo prazo; (ii) perspectiva positiva para o segmento de lajes corporativas; (iii) excelente liquidez; e (iv) boa gestão.
O portfólio do fundo é formado por 20 ativos localizados em sua maioria no estado de São Paulo, porém com exposição aos estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Rio de Janeiro.
Do ponto de vista dos contratos, o risco de vacância é minimizado dado que o fundo conta com cerca de 68% de seus contratos com vencimentos previstos para além de 2025, sendo 80% deles com reajustes atrelados à variação do IGP-M e 20% atrelados à inflação. Já em relação aos locatários, o fundo conta com carteira diversificada e com bom risco de crédito no geral, contando com nomes como Banco do Brasil, Totvs e GVT como inquilinos.
O fundo é gerido pela Credit Suisse Hedging-Griffo, gestora com quase 20 anos no mercado imobiliário, reconhecida por sua atuação diligente e capacidade de gerar novos negócios para seus fundos.
Os principais riscos do fundo são de crédito, vacância e mercado. A eventual insolvência dos locatários pode acarretar atraso ou calote dos aluguéis.
Já o risco de vacância está relacionado com a rescisão do contrato e desocupação dos inquilinos, o que impactaria a rentabilidade do fundo. Por fim, o risco de mercado, com flutuações no valor das cotas.
Visão Macro
Nossa cobertura com 9 carteiras recomendadas disponíveis no ambiente FIIs, relatórios e muitas lives, proporciona a oportunidade de conhecer o que cada especialista vê como ideial para o momento. Aqui, realizamos uma verdadeira cobertura com o resumo do que está em pauta dos principais analistas do mercado, bem como, as indicações do momento.
De forma geral o mercado imobiliário segue pressionado, os investidores em FIIs estão sendo prejudicados pela maior competitividade da renda fixa.
A preocupação com a inflação – um problema global – tem se tornado cada vez mais persistente, dado que ela só vem aumentando mês a mês. Com o objetivo de conter a inflação local, visto que a projeção no início do ano era de 3,75% e agora o IPCA já extrapola os 10%, o COPOM precisou acelerar o ritmo de alta da Selic.
Este aumento agressivo na taxa básica de juros tende a tornar os ativos de renda fixa mais atrativos para os investidores, trazendo um fluxo de capital proveniente da renda variável. No meio disso, o governo anunciou medidas que ultrapassará o teto de gastos podendo ter um impacto negativo na inflação no médio prazo.
A incerteza para o mercado de ativos de risco brasileiro, aliado à subida das taxas de juros está proporcionando o movimento inverso com a retirada de dinheiro da renda variável por alternativas mais seguras e menos voláteis. Diante disso, muitos analistas decidiram aumentar o conservadorismo da carteira, por meio de uma alteração na estratégia.
De modo geral, existem fundamentos positivos para teses de investimento mais agressivas no longo prazo, mas o cenário macroeconômico deve permanecer pressionando os ativos de renda variável no curto-médio prazo. Portanto, existe uma prioridade de preservação de patrimonio em detrimento de seguir buscando alternativas de maiores riscos.
Atualmente, os fundos de papéis estão ganhando espaço nas carteiras dos analistas, pois apresentam condições para manter o pagamento mensal com mais estabilidade dentro de um nível de Yield (juros) competitivo com a renda fixa.
Por outro lado, observamos a sinalização de que há diversos fundos de outras modalidades (tijolos) que estão negociando com P/VP (valor patrimonial) abaixo de sua média, indicando potencial de geração de valor. Dentre as modalidades de tijolos, estão as lajes corporativas e os logísticos como destaque. Já os FIIs de Shoppings apresentam maior sensibilidade ao andamento da pandemia e possíveis medidas restritivas que devem ser acompanhadas ao longo do tempo.
Quer saber onde estão os ativos mais recomendados pelos analistas? Confira por aqui