🔹Resultado (m/m): 0,45% vs 0,54% expectativa vs -0,56% anterior
🔹Resultado (a/a): 5,45% vs 5,56% expectativa vs 5,90% anterior
Em dezembro o IGP-M registrou inflação de 0,45% m/m, após quatro meses consecutivos de deflação, com resultado abaixo do esperado pelo consenso de mercado.
O IGP-M encerra 2022 com uma alta de 5,45% a/a, forte desaceleração em relação a 2021, 17,78% a/a, beneficiado, especialmente, pelo arrefecimento observado nos preços das commodities industriais, com destaque para o Minério de ferro e Derivados de petróleo.
Por sua vez, no mês de dezembro, a aceleração no índice foi catalisada pela expressiva alta em Minério de ferro (16,32% m/m), reflexo do anúncio do relaxamento de algumas medidas de restrição social na China. Parte da pressão altista foi compensada pela deflação em Combustíveis, Óleo Diesel recuou -3,81% m/m e Gasolina automotiva registrou deflação de -2,84% m/m.
No índice agropecuário, a aceleração em Feijão (15,36% m/m), Bovinos (1,55% m/m) e Farelo de soja (2,04% m/m) resultaram em menor deflação no indicador.
O IPA Agro recuou -0,64% m/m (vs -1,46% m/m em nov) e o IPA Industrial avançou 0,92% m/m (vs -0,74% m/m em nov).
E para frente?
Para os preços ao produtor, a normalização das cadeias de produção global, somado às melhores perspectivas climáticas para a safra brasileira devem ser as principais pressões baixistas para o IPA e, consequentemente, para o IGP-M. Por outro lado, a reabertura da China, especialmente, a partir do 2T23 pode impulsionar os preços do Minério de ferro e do Petróleo.
Para o consumidor, a retomada parcial dos impostos sobre combustíveis, o mercado de trabalho fortalecido e as incertezas quanto ao cenário fiscal devem contribuir para um IPC mais pressionado em 2023.
Com isso, esperamos que o IGP-M encerre o ano com uma alta de 3,8% a/a, desacelerando em relação ao dado observado em 2022.
Comentário dos economistas do BTG Pactual